Presenciamos "revoluções por minuto" em nome de tecnologias avançadas, progressos científicos, avanços na área da saúde, mas...continuamos intolerantes.

Não aceitamos gays, negros, mulçumanos...mas aceitamos a violência. Exemplo disso foi o que aconteceu sábado na Noruega:"Tida como um país pacífico, é exportadora de petróleo, importante mediadora de conflitos e é dona de uma das mais altas qualidades de vida do mundo. A tolerância é uma das marcas da sociedade."(trecho na íntegra da Folha de S.Paulo 24 de julho de 2011)
Pior, o autor de tamanha atrocidade, justifica o massacre de dezenas de jovens, como ação necessária. Ele está sujeito a acusações de terrorismo, cuja pena máxima na legislação norueguesa é de 21 anos de detenção. Será que isso é suficiente para a família que perdeu seus entes queridos de forma tão brutal? E como se explica, ou de onde vem um pensamento criminoso como este, de um país onde a educação é uma das melhores do mundo? Família?
Sempre acreditei na teoria que reforça o "nada é por acaso". Então como explicar que alguém que sempre ( até onde sei ) viveu num país pacífico, com economia estável, educação previlegiada, sociedade tolerante...
É certo que vivemos massacres como esse diariamente em assaltos, estupros, sequestros, balas perdidas...Mas aqui, justificamos que vivemos num país carente...de 3º mundo...nível baixo de educação...muita pobreza, fome...Mas a tudo isso, no fundo ,chamamos Intolerância e isso não tem nenhuma justificativa.
Nossa sociedade racista ainda nos impede de dizer, por exemplo, que "aquela criança negra é muito esperta". Preferimos,hipócritamente dizer :"aquela criança morena é muito esperta..."
Preconceito ainda, encontrado no comportamento frente ao afeto de pessoas do mesmo sexo. Onde está o crime nisso? Homossexuais não amam?
Preferimos "cotas raciais" para estudantes negros ( e neste caso, é maior o preconceito por parte deles), onde o correto seria estipular cotas para os melhores desempenhos, indiscriminadamente; sem se ater a credos, cores, etnias...
Neste espaço, falamos das diferenças e benditas sejam todas as diferenças que nos humanizam, nos fazem mais solidários, fraternos e...completos!
Ser tolerante não é ser permissívo, mas sim respeitoso. E esse aprendizado deve começar no nosso lar, no nosso dia a dia com aqueles que mais amamos e estão próximos nos avaliando para serem como nós: nossos filhos! As diferenças existem e não é necessário fundir-se no que não se quer para sí, mas aprender a olhar de forma amorosa. É a diversidade que complementa, enriquece. Não se deve deixar de ler um livro só porque não se concorda com o enredo ou a história, mas chegar até o final e saber argumentar o porquê ele não lhe agrada.É gostar das músicas sem se influenciar pelo estilo de vida do cantor. É torcer pelo time com paixão sem querer matar o torcedor do time adversário. É seguir a sua religião aceitando outros dogmas que também buscam um bem maior. É ouvir as histórias dos antigos, com a certeza que um dia será você a contar histórias antigas.
É não banalizar o amor. Não se acostumar com a violência e não achar que porque todos erram, se deve errar também.
Bem sei que uma andorinha sozinha não faz verão...Mas se cada um fizer a sua parte, pelo menos nos orgulharemos de termos tentado!
Deixo aqui meu profundo pesar e solidariedade aos noruegueses e a todos que perderam alguém de forma tão...intolerante.

Prô Kátia

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