Dono do Sabin abre colégio no Butantã para 1.500 alunos

FOCO FABIANA REWALD DE SÃO PAULO Mil e quinhentos alunos. Dez mil metros quadrados de área construída. E um ensino com foco no vestibular. Os dados dão uma rápida ideia do perfil do colégio Vital Brazil, que abre em 2012 no Butantã (zona oeste de SP). A cidade não ganhava uma escola desse porte desde 2007, segundo a Secretaria Estadual da Educação. Os donos do Vital Brazil são os mesmos do Albert Sabin, também na zona oeste. Mas há diferenças. Enquanto o Sabin tem atividades no contraturno, o Vital Brazil é "sequinho", diz seu mantenedor, Gisvaldo de Godoi. Aos 66 anos, ele foge do padrão "dono de escola badalada". Nascido em Jequiri (MG), veio a São Paulo aos 14 para trabalhar como servente de obra. Só fez faculdade (administração) após passar num concurso do Banco do Brasil. Em 1978, montou uma construtora que viria a erguer o Sabin, em 1993. Com 2.600 alunos e mais de 600 na lista de espera, o Sabin só se tornou mais conhecido após alcançar o topo do ranking do Enem -ficou em 10º em 2009. O Vital Brazil tende a seguir o mesmo caminho, já que admite ter um foco no vestibular até maior do que o "irmão mais velho". Essa preocupação das escolas não é segredo. Mas é raro um colégio admiti-la. "Quando uma escola diz que é voltada para o vestibular, está sendo transparente. Mas, como educadora, eu lamento", diz Silvia Colello, professora de pedagogia da USP. "Muitos alunos passam no vestibular, mas não têm maturidade intelectual para seguir a vida universitária." Godoi explica que considera o Vital Brazil mais voltado para o vestibular porque seu ensino médio é integral e carrega nas disciplinas obrigatórias. No Sabin, as aulas à tarde são opcionais e há ainda o programa de esportes e cultura -com modalidades que vão de judô a teatro. Godoi diz que o programa encarece a mensalidade. Por isso, ele pretende atender com a nova escola famílias que não se interessam pelas atividades do contraturno. Roseli Fischmann, coordenadora da pós-graduação em educação da Metodista, lembra que muitos pais preferem que os filhos vivam experiências distintas das oferecidas na escola, o que é bom. Mas ela também critica a atenção exagerada às disciplinas obrigatórias desde a infância. "A escola deve oferecer o melhor possível para cada momento da vida."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2907201113.htm
Fonte: Folha de S. Paulo
Autor: Redação
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Lovável iniciativa, qualquer que seja, quando voltada aos interesses educacionais dos nossos jovens e povo brasileiro. Contudo, concordo com a educadora Silvia Colello, quando refere-se à sua preocupação "quando a escola diz que é voltada para o vestibular", pois sabemos que preparado apenas para esse objetivo (vestbular), promove questionáveis profissionais.
Kátia

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