DA REUTERS, EM SAN FRANCISCO

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 De San Francisco, nos Estados Unidos, a Seul e Sydney, fãs da Apple prestaram homenagens a Steve Jobs depois da renúncia do executivo como presidente-executivo da companhia, definindo-o como um ícone do setor de tecnologia, e não apenas da empresa que ajudou a fundar.
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As demonstrações de admiração começaram nos blogs e no Twitter, minutos após o anúncio de que Jobs, que estava em licença médica desde janeiro, deixaria a   presidência, mas seguiria como presidente do conselho de administração da Apple.
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"Steve Jobs foi o Leonardo da Vinci da nossa era", disse Tony Parsons, romancista e jornalista britânico, em sua página do Twitter. "Por isso, eu gostaria de agradecer. Sem ele, tudo teria sido feio, difícil e chato".
Na Ásia, que abriga legiões de fãs de Jobs e dezenas de imitações dos produtos que ele ajudou a criar, clientes nas lojas da Apple se diziam apanhados de surpresa pela renúncia.
"Fiquei surpreso por ele ter renunciado antes do lançamento do iPhone 5", disse Belinda Liu, 26, que estava em uma loja da Apple em Xangai. "Fiquei chocada com a notícia".
A Apple deve lançar o iPhone 5 em outubro.
                                                  Arte/Folha
"Telefono todo dia com o meu iPhone 4, envio mensagens no Weibo com o iPhone 4, ouço música no meu iPod, baixo aplicações da App Store e navego na Web com meu Mac --nenhuma empresa esteve tão envolvida em minha vida antes", afirmou Wang Lifen em um tributo a Jobs no site chinês de microblogs Weibo.

Wang criou o Umiwi.com, um site que apresenta perfis de líderes empresariais e notícias voltadas ao público jovem.

Na loja número um da Apple, em San Francisco, o único sinal de que havia algo no ar eram rodinhas de funcionários discutindo a notícia. Eles haviam sido informado por colegas.

Até o final da tarde de quarta-feira, o varejo não havia recebido o anúncio formal da saída de Jobs, mas alguns clientes já estavam sabendo.

Robert Cory, que aguardava para encaminhar um notebook quebrado à assistência técnica, soube da renúncia de Jobs pelo celular. "Estou triste", disse Cory, morador de Nova York. "Mas a Apple ficará bem".

Outros clientes ecoaram o sentimento. Eric Blazeski, de San Francisco, disse que "a Apple é mais que Steve Jobs".


SAÍDA


Jobs, 56, anunciou na quarta-feira que deixará o cargo que ocupava desde 1997, levantando dúvidas sobre o futuro da maior empresa de tecnologia do mundo.

Os motivos não foram revelados, mas o executivo está desde janeiro de licença médica --a terceira nos últimos sete anos.

"Sempre disse que, se chegasse o dia em que não poderia mais cumprir meus deveres e expectativas, eu seria o primeiro a avisá-los", disse Jobs em comunicado (leia abaixo) à diretoria da Apple.

 "Infelizmente esse dia chegou."
Jobs passou por um transplante de fígado há dois anos e, em 2004, descobriu que tinha uma forma rara de câncer no pâncreas.

Nas suas raras aparições neste ano, como no lançamento do iPad 2, em março, ele pareceu ainda mais magro que o normal.

                 Ryan Anson/France Presse
                            Steve Jobs mostra a versão branca do iPhone 4 à época do lançamento
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