Literatura transforma jovens de comunidade.

É esse o título do artigo de O Estado de São Paulo por Ocimara Balmant, sobre um interessante projeto não governamental. Ele ajuda moradores de "regiões vulneráveis".
Sempre acreditei no "poder" da literatura. Quando criança, assistia o entusiasmo do meu pai lendo de tudo. Alguns textos que ele julgava interessantes, dividia com a família. Outros, recebiam suas críticas. Usava sempre desse hábito para ilustrar conversas, redações, e até suas defesas criminais atuando profissionalmente. Não obstante ser foco dessa dinâmica, a leitura me trouxe acalento, sonhos e respostas em diversas situações do meu cotidiano.
Então esse projeto interessou-me pessoalmente. Uma iniciativa simples que pode gerar enormes e efetivos ganhos. Mostra a reportagem que "aos sábados, as vielas e becos da favela do Real Parque, na zona sul de São Paulo, se transformam em uma biblioteca a céu aberto."
Nesse trabalho, contamos com contadoras de história (também são chamadas de Fiandeiras) que atuam com os moradores da favela, inclusive.
Vejam que bárbaro! Segundo essas Fiandeiras, seus objetivos  além da experiência lúdica e do exercício literário, visam "ajudar as pessoas a se apropriarem de sua trajetória- até mesmo em situações e momentos de crise". E esses "momentos de crise" vão além de conflitos armados e pobreza extrema; abragem crianças com câncer e comunidades rurais que tenham perdido suas tradições, por exemplo.
Segundo especialistas, a "literatura tem um poder de disseminação singular e as crianças, muitas vezes, são a porta de entrada para a reconstrução da história da família toda".
Sei que iniciativas como esta já existem a muito tempo. Temos a Biblioteca Itinerante que percorre vários bairros. É preciso dar continuidade e seriedade a esses trabalhos e focá-los junto às famílias. Melhor que remediar é evitar, e atitudes de prevenção como o incentivo à leitura, podem ajudar a nossa população mais carente, as nossas crianças e quem sabe mais tarde não evitaremos situações constrangedoras como as que temos visto recentemente...
Kátia
Print Friendly and PDF

 

0 Deixe aqui seu comentário: