A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

Arnaldo Jabor

O importante nesta questão , é se ter a meta em mente: O que posso fazer para meu filho ou aluno, desenvolver-se tanto na área  pedagógica como educacional?. Ele é meu foco.
Para começar, o relacionamento entre os responsáveis, deve ser estável e de muito respeito .
Deve-se manter um constante diálogo sobre todas as questões que envolvem a criança.
Qualquer mudança em sua rotina familiar, deve ser comunicada à escola.
Assim como qualquer "novidade" observada no dia a dia escolar, deve ser, da mesma forma, comunicada  à família. A troca dessas informações , pode evitar situações desagradáveis e surpresas desnecessárias. É fundamental que a criança sinta a existência de um elo respeitoso e integrado, entre família e escola. Dessa forma, ela também respeitará ambas instituições, ainda que venha a esboçar momentos de rebeldia comuns em cada fase etária.
Para a especialista Isa Stoeber, "existe hoje uma confusão acerca dos limites pedagógicos e educacionais. Por um lado, a escola acha que os pais estão delegando obrigações demais para a instituição (ensinar, educar, formar caráter); por outro, os pais reclamam que a escola não cumpre seu papel como deveria. O que muitos não percebem é que a relação deve ser de parceria e de cumplicidade, e as reuniões de pais e mestres têm a função de mostrar que isso é possível, chamando os pais para participarem e dividirem responsabilidades, lembrando que a formação em casa complementa a da escola e vice-versa. É função dos pais dar bons exemplos, estimular a criança a ler, mostrar a importância de ela cumprir com seus compromissos, entre muitas outras. "Os professores devem aproveitar as reuniões para explicar às famílias como elas podem estimular as crianças, ajudá-las nas pesquisas, com o dever de casa, mas sem, é claro, assumir completamente essas tarefas", esclarece Fernanda Flores, coordenadora pedagógica da Escola da Vila, de São Paulo. Trabalhar em parceria - com cada um desempenhando o seu papel - é, ainda, essencial para a criança se sentir amparada e assistida." (texto de Cynthia Costa em Educar para crescer).Muitas escolas, percebendo a dificuldade das famílias para lidarem com certos comportamentos dos filhos típicos da idade, aproveitam as reuniões de pais para promover palestras esclarecedoras. Com isso, a presença nesses eventos se torna ainda mais imprescindível. Quando se tem conhecimento, se consegue ajudar de forma mais eficiente.  "A escola é um espaço capaz de abrir esses canais de debate e entendimento", acredita a professora Carmem Galluzzi.( do mesmo artigo)
Construindo uma aliança, estaremos todos nos educando: Pais, filhos e professores. Com humildade, temos que nos colocar frente às nossas inseguranças, medos, dúvidas e , buscarmos juntos, soluções para atingirmos a nossa meta: "O que  fazer para que meu filho ou aluno,  possa se desenvolver, tanto na área pedagógica como educacional". Isso só ocorrerá de forma adequada e natural, se trabalharmos unidos!


Kátia
Diante de tanta notícia que nos deixa perplexos sobre educação, aqui posto uma reflexão que achei muito interessante para dividir com vocês. Vale a pena pensar no assunto!
Kátia
Existem muitos autores que são contrários ao afeto dentro da sala de aula, mas esquecem que estamos vivendo hoje uma realidade muito difícil para as crianças.

Antes o papel do professor resumia-se a transmissão do conhecimento é verdade, mas isso acontecia porque as crianças viviam em lares estruturados, mesmo que sem o amor que deveriam receber sabiam que aquele ambiente era um lugar seguro para eles. No entanto, o que acontece hoje? As crianças perderam o referencial que tinham antes (Pai e Mãe), a estrutura familiar foi modificada, não havendo mas um lar, mas um lugar onde podem ficar. Muitas vezes os pais nem vêem os filhos apesar de dividirem o mesmo teto. O afeto, o carinho, o diálogo está ausente neste relacionamento entre pais e filhos. Raros são hoje, os pais que conseguem apesar de toda correria de suas vidas dedicarem um tempo de amor e atenção para com seus filhos. Estes pais merecem os Parabéns por ainda conseguirem desempenhar bem o seu papel.
Mas sabemos que esta não é a realidade da grande maioria das crianças e adolescentes de hoje que começam a fazer parte do mundo sem terem a base inicial que deveriam ter adquirido em casa, com seus genitores.
Refiro-me à base moral, de respeito aos limites para que não saiam por aí caindo nas ciladas da vida e atropelando aos que entram em seu caminho. É duro pensar nessa situação, mas esta é a realidade que vivemos no momento. Pais que não conseguem fazer seu papel compram seus filhos com o que a mídia determina ser bom. Tornam os filhos consumistas sem limite de tudo sem avaliarem o que estão disponibilizando para eles.
Basta observar os desenhos infantis de hoje, os heróis que as crianças admiram e vivem consumindo produtos que tem esses personagens. Os pais não percebem que nas pequenas atitudes estão contribuindo para formação da personalidade de seus filhos e não são produtos que substituirão o carinho e a atenção que a criança precisa. Nós educadores, nunca substituiremos os pais e nem devemos assumir o papel deles. Mas cabe a nós contribuímos de maneira adequada, com a parcela que nos cabe, na formação da personalidade desta criança, lembrando sempre que eles aprendem pelo exemplo e não pelo que falam para fazerem. Dessa forma, agindo com atenção e carinho, começarão a observar mais as nossas atitudes e quem sabe procurarão seguir um caminho mais digno e certo em suas vidas.
Maria Figueiredo



Isso não é inacreditável???????????????




Uma criança de 3 anos de idade foi parar na delegacia, após brigar com a professora na creche Branca de Azevedo, na Rua do Rosário, no Centro de Piracicaba. Durante a confusão, a educadora acionou a Guarda Municipal para conter o aluno, que, segundo ela, a agrediu com um chute, além de ter dado um soco em um vidro da sala.
A avó da criança, Rute Camargo, reclamou da maneira como o caso foi tratado. "Me ligaram e eu fui até a creche. Meu neto é hiperativo, ele realmente dá mais trabalho. Mas eu cheguei aqui e ele, uma criança de 3 anos, estava sendo tratado como se fosse um bandido, com três guardas municipais em volta da cadeira em que ele estava sentado. Isso é um absurdo", contou. "Precisava ter chamado a GM e ter feito tudo isso? É uma criança", questionou.
Rute disse, ainda, que o garoto está na creche desde março de 2010. Questionada se outros fatos semelhantes envolvendo o neto já aconteceram no local, ela explicou que a troca de uma professora trouxe os problemas. "Nunca tinha tido problema antes. Trocou uma professora daqui e começou com isso. Quase toda semana alguém liga da creche agora reclamando dele. Estão perseguindo meu neto", disse.
"Nós vamos para a delegacia registrar o boletim de ocorrência do caso, pois não é a primeira vez que isso acontece, segundo os relatos", disse o comandante do pelotação escolar da GM, Narzi. Foram também para a delegacia a professora envolvida, a diretora e a assistente social da creche, a avó e a mãe da criança, além do próprio garoto.
O boletim de ocorrência foi registrado como ocorrência não-criminal na Delegacia de Defesa da Mulher, na presença do garoto, da família dele e de representantes da escola. Segundo o delegado que atendeu o fato, Haroldo Fernando Amaral, uma cópia do registro será encaminhado para o Conselho Tutelar e para a Vara da Infância e Juventude para que os órgãos ajudem e orientem a mãe da criança.
A diretora da creche e a professora não quiseram falar com a equipe de reportagem. "Estou orientada a não dizer nada. Não posso te falar nem o nome da diretora", disse uma funcionária que atendeu a ligação. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba informou que a creche é particular e não faz parte do quadro de instituições mantidas pela cidade. Fonte: EPTV


Leia mais no site:
 http://ftadecamocim.blogspot.com/2011/10/polemica-professora-aciona-guarda.html#ixzz1c56Uc65A 

Márcia Ribeiro/Folhapress
Vira-lata sem dono vai morar em condomínio por decisão da Justiça
GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

"Sem-teto" e "sem-dono", o vira-lata Fred agora tem onde morar. Uma liminar da Justiça garante que ele pode residir no espaço comum de um condomínio de classe média de Ribeirão Preto.
Fred, que apareceu no condomínio em janeiro, é um animal comunitário --não tem um dono específico-- e foi adotado por alguns moradores do Residencial Primavera, no Jardim Independência, na zona norte da cidade.
Mas o assunto virou polêmica e divide os moradores. O cãozinho foi expulso do condomínio três vezes.
Por isso, parte dos moradores propôs uma ação para garantir a permanência dele no residencial, que, por sua vez, vai recorrer da decisão.
Com a liminar, caso Fred desapareça, o condomínio deve pagar multa diária de R$ 200 para a AVA (Associação Vida Animal), ONG que defende os bichinhos.
Uma das autoras da ação, a policial militar e moradora do Residencial Primavera, Eliana Aparecida Grizola diz que o cão é querido e cuidado principalmente por crianças.
Para sensibilizar o juiz Héber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível, crianças escreveram cartas ao magistrado pedindo a permanência de Fred no local.
Mas o advogado Luís Otávio Dalto de Moraes, que representa o condomínio, alega que a presença de animais em áreas de uso comum é vedada por normas na convenção e no regimento interno do Residencial Primavera.
"[O condomínio] Não é contra o cachorro. O problema é que não estão assumindo responsabilidades, como limpar a sujeira que ele faz", afirmou o advogado.
Moraes também irá apresentar à Justiça relatos, por escrito, de moradores que afirmam ter sido atacados.


Esta notícia é para se pensar. Estão em foco discussões que devem beneficiar tanto os moradores, como o Fred!
O que você pensa a respeito?
Opine também.
Kátia
  Coisa boas precisam ser divulgadas!!!!!! ( e cobradas! )

Rafael Sampaio / Colaboração para a Folha / 25-10-2011
O governo de São Paulo vai criar 70 centros de tecnologia e inclusão social para pessoas com deficiência até 2014. A ideia é que esses postos ofereçam cursos profissionalizantes, aulas e atividades físicas, afirma a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella.
Além de cursos de braile e libra (linguagem dos sinais), os polos vão dar formação para quem vive no entorno da pessoa com deficiência, como agentes públicos, cuidadores e familiares. "Cada centro será criado levando em conta as necessidades da região onde forem instalados. A realidade em Presidente Prudente não é a mesma de São Paulo", diz.
Três postos serão entregues já em março de 2012. Dois serão construídos na capital -um no Parque Fontes do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, e outro no Jardim Humaitá, na zona oeste. O terceiro será criado em Catanduva, a 385 km de SP. Segundo Linamara, o projeto já tem o aval do governador Geraldo Alckmin.
A defensora pública Maíra Coraci Diniz vê o projeto com cautela, apesar de considerá-lo positivo. Para ela, não adianta implantar uma política pública sem um diagnóstico preciso das necessidades das pessoas com deficiência. "Esse projeto deve ser monitorado, para ver se vai dar certo", avalia a defensora.
EXPERIÊNCIA
Os primeiros centros servirão para saber quais as atividades são mais procuradas pelas pessoas com deficiência, afirma Linamara. Se houver demanda para cursos de natação ou de basquete para cadeirantes, por exemplo, esses cursos poderão passar a ser oferecidos. Ainda segundo a titular da pasta, o custo previsto para construir os 70 centros é de cerca de R$ 600 milhões.
Serão investidos R$ 5 milhões com a infraestrutura de cada unidade, o que totaliza um gasto de R$ 350 milhões; outros R$ 250 milhões serão investidos na contratação de funcionários e demais gastos.
Fonte: Folha de S. Paulo


25/10/2011
MARION STRECKER
COLUNISTA DA FOLHA




Imagine um cara tão inteligente e tecnológico adiar a cirurgia do câncer em favor de tratamentos alternativos porque não queria ter seu corpo aberto.

 

Este era Steve Jobs: filho adotado, criança-problema e talento criativo, que não terminou nenhuma faculdade, amava eletrônicos, fazia molecagens como grampear todos os cômodos da casa da família para ouvir num headphone ou coisas encantadoras como criar shows de laser acoplados às caixas de som nas festas juvenis, mas não sabia escrever programas de computador.
Entretanto, ele criou com um amigo mais velho e engenheiro genial chamado Stephen Wozniac o que veio a ser a empresa mais valiosa do mundo. E mudou profundamente a maneira como as pessoas lidam com computadores e com entretenimento.
A biografia "Steve Jobs", lançada ontem, é um livro de encomenda, escrito por um biógrafo que hesitou em aceitar o pedido do biografado.
Walter Isaacson hesitou pelos altos e baixos da carreira de Jobs, mas aceitou a incumbência com a promessa de que o fundador da Apple não leria nem censuraria o livro antes de sair. Exceto a capa, que Jobs pediu para ver, não gostou e devolveu com contraproposta.
Genioso, tenaz, vaidoso e às vezes rude, controlava de perto a criação dos produtos, o marketing, a publicidade e o departamento financeiro. Dizia que produtos quase bons não eram bons. Que queria apenas produtos insanamente bons.
O livro foi feito com base em cerca de 40 conversas recentes entre os dois, além de mais de cem entrevistas com familiares, amigos, adversários, concorrentes e colegas.
Sabemos então detalhes como os problemas que causava na escola primária, a forma como uma professora soube seduzi-lo a estudar, subornando-o com pirulitos e dólares em troca de exercícios extras de matemática.
Depois recomendaram que pulasse dois anos à frente, mas o pai só aceitou que pulasse um.
Transferido de escola, conviveu com gangues e sofreu bullying, ajudou a pôr explosivo na sala de aula e outras desgraças que, lá pelas tantas, o fez implorar ao pai que o mudasse de novo.


Exemplares de "Steve Jobs", biografia lançada mundialmente nesta semana, na Livraria da Vila, em São Paulo
O pai, mecânico, a quem admirava profundamente, deu um jeito, pois o achava realmente especial.
Deixou de frequentar a igreja luterana com a família aos 13, quando viu crianças famintas na capa da revista "Life" e confrontou o pastor, perguntando se Deus estava ciente daquilo. O pastor respondeu que sim.
Aos 15, tinha um carro e começou a fumar maconha. Depois fez viagens com LSD e foi à Índia, namorou Joan Baez, que, por sua vez, tinha namorado seu ídolo Bob Dylan. Tudo no contexto da contracultura embebida de silício.
Nunca quis contato com seu pai biológico, de origem síria, um homem estudado e bem-sucedido que chegou a se gabar de gerenciar um restaurante frequentado pelas melhores cabeças do Vale do Silício. "Até por Steve Jobs", disse uma vez sem saber que falava de seu próprio filho biológico, a quem nunca procurou e a quem sobreviveu.
Briguento, Jobs ameaçou recentemente gastar todo o caixa da Apple, se preciso fosse, para destruir o Android, sistema operacional do Google que imita o da Apple. Mas ele mesmo tirou a ideia do mouse numa visita à Xerox.
Alguém que ele admirava era Mark Zuckerberg, pois, se todos falam em rede social, para Jobs só há realmente uma: o Facebook. E Mark até hoje não vendeu a empresa.
Sobre a morte, comentou: "Às vezes acho que é como um botão liga-desliga. Se muda para desligar, você se vai".

Steve Jobs
AUTOR Walter Isaacson
Editora Companhia das Letras
Quanto R$ 49,90 (624 págs.)
Tradução Berilo Vargas, Denise Bottmann e Pedro Maia Soares
Avaliação Bom



Querida Dor,

Embora estejamos juntas há algum tempo, não encontrei melhor maneira de comunicar-me com você, que não fosse esta.
Faz tempo que venho aceitando calada suas determinações desde que chegou em mim.
Você se apossou do meu melhor:minhas esperanças, minha confiança em mim, meu canto, meu sorriso solto...
Estou saindo sem horas para voltar. Peço-lhe, encarecidamente que faça o mesmo.
Deixe tudo no lugar que encontrou antes de chegar. Não quero guardar nenhum registro de sua presença.
Perdoe minha iniciativa brusca e inesperada, mas só hoje tomei coragem para decidir o que é melhor para mim.
Ah! Só mais uma coisa porque não quero prolongar esta carta de despedida: Estou saindo sem levar as chaves.Portanto, deixe as portas abertas, bem como as janelas também. Quero arejar o quarto. Quero aliviar-me de sua presença que custou-me muitas noites de insônia e abundantes lágrimas.
Saia sem deixar marcas...E...por favor...Não me procure nunca mais...
Respeitosamente,

VAI-SE a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul, sem ondas nem espumas.

Bem cedo quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vogamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia um cisne morrerá, por certo...
Quando chegar esse momento incerto,
No lago onde talvez a água se tisne,

Que o cisne vivo cheio de saudade
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado d'outro cisne.



 Luís Guimarães Júnior

Visita à casa paterna


Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.

Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
O fantasma, talvez, do amor materno,
Tomou-me as mãos — olhou-me grave e terno,
E, passo a passo, caminhou comigo.

Era esta a sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)
Em que, da luz noturna à claridade,
Minhas irmãs e minha Mãe... O pranto

Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de?
— Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade...

Por um mundo melhor é preciso que se esqueça as próprias dores...
É preciso que se tire da "gaveta", ranços e mágoas do passado.
Que se olhe o futuro, com o aprendizado do passado.
Importante mudar, valorizar coisas simples, aproveitar o efêmero, mas cultivar o eterno...
Saber que o silêncio fala muito para quem só precisa de companhia.
Que um sorriso expressa o preenchimento de uma lacuna muitas vezes...vazia.
Brincar, reviver velhas músicas e histórias que foram contadas por quem mais o amou nessa vida.
Buscar a primavera em todas as estações.
Aprender a ser sábio, com quem já viveu muito.
Saber ser aprendiz, com quem está começando a viver agora.
Olhar o mundo com um olhar amoroso, olhar de quem ama incondicionalmente....Olhar de mãe...
E nascer! Nascer todos os dias com os primeiros raios da manhã.
Sonhar! Porque só quem sonha constrói pontes até onde quer chegar.
Vamos tentar?
Por um mundo melhor...
Kátia


Via Láctea

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas"
Olavo Bilac

É um assunto inesgotável. Não quero parecer chata e nem "chover no molhado", mas não consigo calar-me diante de fatos óbvios. É claro que pensarmos numa solução simplista e sem profundidade a respeito da proposta de aumentar a carga horária de escolas públicas, é fundamentalmente...VAZIA! De acordo com os dados da OCDE ( Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), somente a Coreia possui 220dias letivos. A Dinamarca tem os mesmos 200 dias definidos pela nossa Lei de Diretrizes e Bases. A Noruega, Inglaterra, Eslovênia e Chile possuem 190 dias. A Finlândia, país que apresenta o melhor desempenho escolar segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), possui 188 dias. (Informações extraídas do Suplemento Tendências e Debates por Rudá Ricci ).
As pesquisas mostram também que os resultados estão intrinsecamente relacionados com a proximidade do educador com alunos e sua família. Essa é uma questão tantas vezes abordada, contudo tão pouco explorada com profundidade. Mais uma vez fica ressaltada, como resposta a esses dados, que educação só obtem resultado positivo quando passa a ser vista e tratada, dentro de uma abordagem humana e abrangedora de tudo o que faz parte dqa vida dos alunos. Não adianta um trabalho em grande escala sem abrangência. Como li no jornal, " pequeno é melhor quando se trata de educação e desempenho escolar ". Os professores serão sempre o melhor "marketing" , por isso sua estabilidade, adequada remuneração, investimento na carreira são fatores fundamentais. Os diretores devem conhecer bem seus alunos, pais, comunidade e assim por diante. Tudo isso proporcionará melhores resultados escolares.
Quanto às boas notícias que me referi no título, dia respeito à duas medidas que o governo do Estado de São Paulo tomou quanto ao ensino público.
Primeiro, estipulou concurso para o ingresso na carreira do magistério premiado.
Segundo, colocou esses professores concursados em um curso semestral de especialização, livres de qualquer outra incumbência e recebendo seus salários regularmente.
E mais: quer reformular a grade curricular do ensino médio, dando um maior equilíbrio entre as disciplinas, fazendo com que as ciências naturais e  as humanidades sejam mais exploradas na programação , na escolha de áreas aos alunos do terceiro ano. Isso contribuirá na formação geral do jovem brasileiro, bem como na ampliação de sua cultura geral.
Ainda nesse campo, gostaria de parabenizar a iniciativa da professora Ana Paula Rodrigues, 36 anos, do Rio de Janeiro. Sensível ao problema de evasão escolar e indisciplina em sua sala de aula ( com alunos entre 14 e 16 anos), ela passou a ir pessoalmente à casa dos estudantes , um a um, e conversar com os pais. Começou pelos faltosos. Esse procedimento foi tomado depois de não conseguir falar com os familiares em reuniões na escola. Como resultado, tem conseguido melhorar a questão disciplinar e dos oito alunos cronicamente faltosos do início do ano, seis voltaram a frequentar normalmente as aulas. 
Exemplos assim devem ser divulgados.
Num mundo tecnológico como o nosso, na era "Steven Jobs", onde a tecnologia é marco histórico, não se pode esquecer que para aprender a manipulá-la e lidar com ela adequadamente, falta ainda o principal: o lado humano , amoroso, afetivo. E isso só encontramos na figura dos professores sensíveis, observadores, perspicazes...Como Marta Suplicy escreveu em sua coluna, e me aproprio de suas palavras para concluir meu texto: " Será dessa mediação, daquela palavra de estímulo na hora certa ou da caçoada, da humilhação ou da falta de paciência que dependerá o êxito da aprendizagem. Esse mundo da tecnologia depende , e muito, do velho e eterno mestre".

Temos aí os ingredientes para que a Educação dê certo:
-Bom senso para reestruturar reformas
-Investimento no Magistério (figura do profissional do Magistério!)
-Profissionais capacitados e apaixonados pelo trabalho
Agora é só acreditar e fazer acontecer.
Kátia

São Paulo, Curitiba e Porto Alegre aderiram à iniciativa de atos simultâneos.
Chuva prejudicou quórum na capital paulista, segundo participantes.


Do G1, em São Paulo


Planejados como parte do dia mundial de manifestações contra a precariedade e o poder das finanças, protestos em algumas cidades brasileiras reuníram pessoas em algumas capitais neste sábado (15).
O protesto no vão do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu apenas cerca de 30 pessoas, em contagem feita pelo G1. Segundo participantes, o baixo quórum provavelmente se explica devido à chuva e a protestos paralelos organizados na capital paulista.
Entre os participantes dos protestos, alguns apoiadores do movimento Anonymous no Brasil chamaram a atenção usando máscaras dos quadrinhos de 'V de Vingança', que se tornaram uma das marcas do grupo.

Membros do grupo 'Stop', que visa a conscientização sobre as causas psico-sociais da corrupção, ergueram cartazes e distribuíram panfletos a passantes. No panfleto distribuído, aparece uma mensagem dirigida ao Brasil e assinada por membros do 'Occupy Wall Street', de Nova York, agradecendo pelo apoio brasileiro aos protestos.
Outra manifestação foi organizada no Largo do São Bento, no centro de São Paulo, e reuniu cerca de 70 pessoas.
Paraná
Quatro cidades do Paraná – Curitiba, Londrina, Cascavel e Paranavaí – participaram neste sábado (15) das manifestações contra a corrupção. A manifestação em Curitiba começou na escadaria do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, e seguiu pelas ruas da capital paranaense.

Continue lendo este texto na íntegra:
Link deste post: http://glo.bo/qJWEfF



Protestos já ocorreram na Austrália, Taiwan, Hong Kong e Coreia do Sul.


Manifestantes caminharam pelas ruas de Roma, na
Itália, neste sábado. Um carro estacionado
no caminho do protesto pegou fogo (15) (Foto: AFP)

Manifestantes saíram para as ruas de cidades de todo mundo neste sábado (15) em protesto contra o sistema financeiro, "ganância corporativa" e cortes orçamentários realizados por alguns governos.
Os organizadores das marchas acreditam que manifestações sejam realizadas em até 951 cidades de 82 países, inspiradas no "Ocupe Wall Street" (Occupy Wall Street, em inglês), iniciado em Nova York, nos Estados Unidos. Em seu site, o movimento convocou a manifestação contra o sistema econômico em cidades ao redor do mundo. Redes sociais como Facebook e Twitter, além de blogs, foram usados para divulgar a realização dos protestos no dia 15 de outubro.
Em Nova York, cerca de 2.000 pessoas marcharam da área financeira, ao sul da ilha de Manhattan, em direção à área turística de Times Square, neste sábado. A polícia prendeu 24 pessoas por "por alteração da ordem pública", segundo a agência EFE. A France Presse informou que a polícia entrou em confroto com os manifestantes e uma pessoa ficou ferida.
Policiais prendem uma manifestante durante protesto na Times Square, em Nova York (Foto: Eduardo Munoz/Reuters)

Em todo o mundo, já houve manifestações em Hong Kong, Taiwan, Japão, Austrália, Itália, Bósnia, Romênia, Alemanha, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Bélgica, Suíça, Holanda, Canadá e Portugal.
no caminho do protesto pegou fogo (15) (Foto: AFP)l.

Continuem Lendo este texto na íntegra: 
Link do texto: http://glo.bo/qJA3K0

Professor dá aulas há mais de 20 anos no Cei Duotel de Andrade.

'Me esforço para que minha aula seja a melhor possível", conta o educador.

Do G1 PR, com informações da RPC TV

Além das aulas de interpretação de textos, educação ambiental e informática, o professor Luiz Mazon, de 42 anos, dá uma lição de superação todos os dias para os alunos do Centro de Educação Infantil Duotel de Andrade. Ele é cego e conta que fazer uma simples pesquisa na internet para preparar uma aula, não é tão fácil.

Veja a reportagem do Paraná TV 1ª edição, da RPC TV

Luiz depende de um programa de computador que dita os textos da tela. Após ouvir, ele digita uma cópia em braile e imprime outra para os alunos. A rotina é a mesma há 20 anos.

O educador já foi vice-diretor da escola por oito anos, mas desistiu do cargo porque se sente melhor no convívio diário com os alunos. "Se eu não voltasse pra sala de aula a minha vida seria incompleta porque estar com os alunos todos os dias é o meu maior prazer. Além disso, acho que eu deixo nas crianças uma diminuição do preconceito", completa o professor.

Mazon explica que confia nos estudantes e que conhece cada um deles. "Eu não os vejo mas ouço cada passo dos estudantes. Claro que algumas coisas escapam, mas eu não tenho essa preocupação, afinal, não estamos aqui pra um enganar um ao outro. Eu me esforço para que minha aula seja a melhor possível", relata o professor.

A diretora Vera Guidolin diz que as crianças aprendem a ter mais respeito e a valorizar a vida. "O professor Luiz é um exemplo de perseverança e de superação".

Link deste post: http://gn4WXK6lo.bo/

Aos Mestres que encontrei na vida.
Que me mostraram o mundo real de uma forma possível.
Onde a dedicação é sempre ponto de partida e o universo é o encontro com o outro.
Com quem aprendi a me tornar pequena para chegar  mais longe com os  meus alunos.
Àqueles que se fizeram gigantes na dor e na lida para mostrar que o caminho é árduo mas intransponível. Com eles aprendi que cada um é dono de seu caminhar , de suas escolhas, de seus fracassos e sucessos, mas que para se chegar, é necessário dar o primeiro passo.
Aos verdadeiros Mestres, que não se detém frente a nenhum empecilho ...porque acreditam num sonho, são parte desse sonho e compartilham com aqueles que ainda acreditam em sonhos. Sabem que toda concretização de um desejo nasce de um sonho.
Aos Mestres, meu carinho e eterno respeito.
Kátia

Se a sociedade brasileira deseja combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência.

A liberdade de expressar o pensamento e a opinião, sobre qualquer tema, é o maior bem que uma sociedade democrática pode cultivar e garantir a todos os seus cidadãos. O direito constitucional de livre expressão deve nortear toda e qualquer polêmica a respeito de pontos de vista e opiniões, para que as verdades e as mentiras do dia a dia venham à tona e se tornem do conhecimento de todos, aperfeiçoando, assim, as práticas democráticas desta sociedade e a plena cidadania.

Fonte:
http://www.renascebrasil.com.br/p_livro.htm



Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire



Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples: - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.
Albert Einstein



Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.


Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.


Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones ás trevas.


Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.


Não desejo tão só a festa do teu carinho,
Suplico-te amor com que me eduques.


Não te rogo apenas brinquedos,
Peço-te bons exemplos e boas palavras.


Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.


Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.


Corrija-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...
Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

Das inúmeras coisas que se aprende com os filhos ( biológicos e os agregados ), algumas ficam marcadas para sempre. Lembrando da Mari e do Luiz quando pequenos ( agora com 23 e 20 anos respectivamente ), são infinitos os registros de momentos tatuados no meu coração. Com a Mari reaprendi a "entrar de cabeça" no que se gosta. Quando se alimentava, detestava talheres e escolhia com os dedinhos suas preferências e fazia isso com sopa, macarrão, o que fosse... Ficava inteiramente lambuzada! Demonstrava assim, que já sabia bem o que queria e como conquistar o que queria. Marcou também o dia em que no auge de seus mal acabados três aninhos, pegou do berço o irmão com poucos meses de vida, e apareceu com ele na sala, surpreendendo a todos. Como ela o retirou do berço? Ninguém nunca soube. Trago a imagem do bebê quase escorregando de seus curtos bracinhos... Desde aquele momento soube que iria fundo nas coisas às quais acreditaria. Lição de grande valia para mim! Quando fazíamos um passeio à pé pela rua, vimos um ratinho morto e ela chorou copiosamente preocupada com a "mãezinha " dele...Afeto de quem se preocupa com o outro...Ela tinha apenas quatro aninhos...
O Luiz sempre carinhoso demonstrava um profundo carinho e respeito pelo avô. Mesmo pequeno, o procurava sempre para saber se estava bem ou precisando de alguma coisa. Reaprendi com ele, a ouvir mais e procurar mais do que esperar que façam isso por mim. Ainda muito pequeno, quando voltávamos de carro da escola para casa, presenciamos um assalto com vítima fatal. Um rapaz havia sido assaltado e morto. Ele espontaneamente disse: " Coitadinha da mãe do moço, vai ficar esperando por ele e ele não vai voltar"... Acho que tinha uns cinco anos então. Quando seus peixinhos morreram, falou: " Vou pedir prô Senna (Airton) tomar conta deles no céu..." Com meu filho aprendi também, a tentar ter a alma pura.
Mais tarde fui presenteada com mais duas lindas crianças: Kaique e Patrick, com cinco e dez anos. Voltei a aprender a brincar, a ser espontânea, a reinventar a vida!
O Kaká (Kaique) adora "pregar peça", me assustando. Morre de rir quando tenho medo de algo. Como quando levava o seu ramster para "passear" nos meus ombros... Eu gritava e ele adorava! Reaprendi a brincar. O Patrick mais sereno, traz suas emoções no olhar. Muitas vezes nos comunicamos assim e por ser compreendido dessa forma, ele acabou confiando em mim. Gosta de se abrir, comentar sobre o seu dia a dia ou até simplesmente, ficar ao meu lado. Reaprendi o valor da presença e que mesmo sem palavras, podemos "conversar" e nos entendermos.
Percebo no meu marido Jean, o quanto está impregnado deles em suas digitais, atitudes, gestos, palavras...Do Kaká, na perseverança, na teimosia para conseguir o que quer, em não desistir nem desanimar e ir até o fim. Do Patrick, na meiguice do olhar, na presença confortadora, no aconchego...
Por tudo isso, aproveito este momento, para agradecer aos nossos filhos. Pela criança que deixaram em nós...Por existirem...
Eterno carinho...

Para falar de "criança", basta tentar buscar a sua, nas entranhas da alma, lá...bem distante...
Basta reviver sensações e emoções, lembranças...
O mundo começava e acabava apenas no alcance das mãos. Os mais profundos desejos buscavam o que os olhos encontravam: e como doía não realizá-los...! Toda dor, por mais tangente, era acalmada por vozes doces, abraços acolhedores, afagos suaves... Os limites esbarravam-se nas muralhas do : "Isso não pode!"- e estranhamente isso bastava, embora trouxesse amargor. Brincar era penetrar num mundo paralelo. Através dele,  era fácil expor vontades realizadas e reproduzir dessabores vivenciados na mesma intensidade. As broncas eram assim, extorquidas da alma.
Ainda acredito que toda criança, apesar das mudanças contemporâneas, tragam em seu DNA, a mesma essência. Não estou falando aqui de características que o mundo acaba esculpindo na estrutura psíquica infantil, mas da "primeira pele" de cada ser, que acaba de brotar para esse mundo. A presença do imaginário, da concretização de fantasias, da necessidade de proteção, da importância de ser amado!
Neste momento, não quero fazer apologia à educação, estrutura familiar, nada disso. Nem estou procurando interpretar a criança dentro de uma abordagem profissional. Estou fazendo uma "visão raio x". Tentando mais do que vê-la (a criança); enxergá-la. Para isso busquei a minha própria criança que muito me auxilia nas situações mais complexas. Porque ela me traz respostas simples, sem rodeios e verdades despidas de qualquer preconceito, intolerância ou julgamento "pré-moldado".
Feliz é quem se permite ser criança, é quem aprende com ela e permeia em seu mundo sem medo de nunca mais sair dele.
Feliz Dia da Criança a quem ainda lembra de como é ser criança!
Beijos caramelados!
Ká 
Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que, para cada vilão, há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado.

Ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada..., ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou pedindo muito, mas veja que pode fazer, caro professor.

(Abraham Lincoln – 1830)
05/10/2011 20h40 - Atualizado em 05/10/2011 21h17

Criador da Apple impôs visão de simplicidade no mercado da tecnologia.
Da experiência com drogas às brigas, conheça a trajetória do empresário.

Do G1, em São Paulo
Steve Jobs (Foto: Moshe Brakha/AP)

Steve Jobs, fundador da Apple, morre aos 56 anos nos Estados Unidos (Foto: Moshe Brakha/AP)
Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPad, o iPhone e o iPad.
Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos era "simplesmente funciona" (em inglês, "it just works"), impacto que foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.
 
A luta de Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg.
Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos americanos de sua geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis cubanos. "Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir não iria acordar", contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.
"Ninguém quer morrer", disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um diploma universitário. "Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo."
Home da Apple (Foto: Reprodução)

Na página da Apple, foto em homenagem ao
fundador (Foto: Reprodução)
Homem-zeitgeist
A melhor invenção da vida, nas palavras do zen-budista Jobs, deixa a indústria da tecnologia órfã de seu "homem-zeitgeist", ou seja, o empresário que talvez melhor tenha capturado a essência de seu tempo. Jobs apostou na música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da pirataria.
Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas. Ele viu a oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco das principais fabricantes era repetir o sucesso corporativo do BlackBerry.
Sob o comando de Jobs, a Apple dizia depender muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008. Em 2010, quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do iPad, Jobs respondeu que "não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com isso."


Nem sempre esta habilidade garantiu o sucesso da Apple, como na primeira versão da Apple TV, computador adaptado para trabalhar com central multimídia que não conseguiu um volume de vendas relevantes. Mas Jobs conseguia minimizar os fracassos: no caso da Apple TV, ele dizia que se tratava de um "hobby", um projeto pessoal que não fazia tanta diferença nos planos da empresa.
Perfeccionista e workaholic, Jobs gostava de controlar todos os pontos da produção da Apple, resistindo, inclusive, à decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da companhia para fabricantes chineses - plano proposto e executado pelo agora novo comandante da companhia, Tim Cook, e que se mostrou acertado.
Conhecido como um “microgerente”, nenhum produto da Apple chegava aos consumidores se não passasse pelo padrões Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de um notebook e a curvatura das quinas de um monitor. No dia do anúncio de que Jobs estava deixando o comando da Apple, Vic Gundotra, criador do Google Plus, contou que recebeu uma ligação do presidente da Apple no domingo para pedir que fosse corrigida a cor de uma das letras do ícone do atalho do Google no iPhone.

Steve Jobs anunciou que deixará cargo de presidente da Apple (Foto: Reuters)

Steve Jobs durante apresentação de produto
da Apple nos EUA (Foto: Reuters)
Na busca por produtos que fossem de encontro com seu padrão de qualidade pessoal, Jobs era criticado em duas frentes. Concorrentes e boa parte dos consumidores que tentavam fugir da chamado "campo de distorção da realidade" criado pela Apple reclamavam das diversas decisões que faziam dos produtos da companhia um "jardim fechado", incompatíveis com o resto do mundo e restritos a normas que iam além de restrições tecnológicas. Tecnicamente sempre foi possível instalar qualquer programa no iPhone, mas a Apple exige que o consumidor só tenha acesso aos programas aprovados pela companhia.
Internamente, entre alguns de seus funcionários, deixou a imagem de "tirano". Alan Deutschman, autor do livro “The second coming of Steve Jobs", afirma que, ao lado do "Steve bom", o mago das apresentações tão aguardadas pelo didatismo e capacidade de aglutinar o interesse do consumidor, também existia o “Steve mau”, um sujeito que gostava de gritar, humilhar e diminuir qualquer pessoa que lhe causasse algum tipo de desprazer.

Ao jornal “The Guardian”, um ex-funcionário que trabalhou na Apple por 17 anos comparou a convivência com Steve com à sensação de estar constantemente na frente de um lança-chamas. À revista “Wired”, o engenheiro Edward Eigerman afirmou: “mais do que qualquer outro lugar onde já trabalhei, há uma grande preocupação sobre demissão entre os funcionários da Apple”. A mesma publicação contou que o diretor-executivo não via problemas em estacionar sua Mercedes na área da empresa reservada aos deficientes físicos -- às vezes, ele ocupava até dois desses espaços.
Jobs também sempre precisou de um "nêmesis", um inimigo que ele satanizava e ridicularizava em público como contraponto de suas ações na Apple. O primeiro alvo foi a IBM, com quem disputou o mercado de computadores pessoais principalmente no início dos anos 80. Depois, a Microsoft, criadora do MS-DOS e do Windows. Mais recentemente, Jobs vinha mirando o Google, gigante das buscas na internet cujo presidente chegou a fazer parte do conselho de administração da Apple, e que investiu no mercado de sistemas para smartphones com o Android. Jobs ordenou que a Apple lutasse, mesmo que judicialmente, contra o programa que ele considerava um plágio do iOS, coração do iPhone e do iPad.

Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)

Steve Jobs (à direita), ao lado do antigo sócio
Steve Wozniak (Foto: Kimberly White/Reuters)
Do LSD ao Mac
O sucesso empresarial de Jobs é ainda um dos principais resquícios da transformação da contracultura dos anos 60 e 70 em mainstream nas décadas seguintes. A companhia que hoje briga para ser a maior do mundo foi fundada após Jobs ir à Índia em 1973 em busca do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD.
"Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que fiz em minha vida", disse, em entrevista ao "New York Times". Depois, afirmou que seu rival, Bill Gates, seria "uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez". O LSD foi a mesma droga que fascinara o inventor do mouse e precursor do ambiente gráfico, Douglas Englebart, cerca de dez anos antes de Jobs.
Coincidentemente foram o mouse e o ambiente gráfico os inventos que chamaram a atenção de Jobs na fatídica visita ao laboratório da Xerox em Palo Alto, em 1979. É uma das histórias mais contadas e recontadas do Vale do Silício, e as versões variam entre acusações de espionagem industrial à simples troca pela Apple de patentes que a Xerox não teria interesse em desenvolver por ações da companhia, que abriria seu capital no ano seguinte.
Fato é que a equipe de Jobs voltou da visita encantada com a metáfora do "desktop" utilizada pelo Xerox Alto. A integração entre ícones representando cada uma das funções do computador, acessadas por meio de uma seta comandada por um mouse, foi a base do Apple Lisa e, posteriormente, do Macintosh.
Steve Jobs (Foto: Robert Galbraith/Reuters)

Steve Jobs, em uma das últimas aparições à frente
da Apple (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Com o "Mac", enfim, Jobs conseguiu colocar em prática a visão de que havia desenvolvido em parceria com o amigo e sócio Steve Wozniak, responsável pela criação das soluções técnicas que fizeram dos primeiros computadores da Apple máquinas que mudaram o cenário da computação "de garagem" que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos nos anos 70. Agora, 8 anos após a fundação da empresa, Jobs e "Woz" apresentavam um computador que não era feito para "o restante de nós".
"Algumas pessoas acreditam que precisamos colocar um IBM PC sobre cada escrivaninha para melhorarmos a produtividade. Não vai funcionar. As palavras mágicas especiais que você precisa aprender são coisas como 'barra Q-Z'. O manual para o WordStar, processador de texto mais popular, tem 400 páginas. Para escrever um livro, você precisa ler um livro - e um que parece um mistério complexo para a maioria das pessoas", afirmou Jobs em entrevista publicada pela Playboy americana de fevereiro de 1985.
Na frase, Jobs demostra que queria enfrentar a IBM, gigante nascida no início do século e que, depois de dominar o mercado de servidores corporativos, queria tomar também o setor de computadores pessoais. Para ele, as máquinas da IBM eram feitas "por engenheiros e para engenheiros", e havia a necessidade de criar algo para o "restante", ou, como diria a famosa campanha "Pense diferente" da Apple de 1997, um computador para "os loucos, os desajustados, os rebeldes (..), as peças redondas encaixadas em buracos quadrados".
Saída da própria empresaMas o sucesso do Mac - que viria posteriormente a impulsionar a adoção de ambientes gráficos até mesmo entre os computadores da IBM (com o Windows, criado pela Microsoft) - não evitou que Jobs acabasse demitido de sua própria companhia. As disputas internas entre equipes que queriam investir no mercado corporativo e as que apostavam apenas no consumidor fizeram com que John Sculley, vindo da Pepsi à convite do próprio Jobs, convencesse o conselho de administração de que era hora da empresa se livrar de seu fundador.
Durante a década em que esteve fora, Jobs fez dois investimentos que acabaram, de maneiras diferentes, alavancando o mito em torno de seu "toque de midas". No primeiro, pagou US$ 10 milhões pela problemática divisão de computação gráfica da LucasFilm, empresa de George Lucas responsável por franquias do cinema como Star Wars e Indiana Jones. A nova empresa foi batizada de Pixar, e após emplacar sucessos como “Toy story”, “Vida de inseto”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”, acabou sendo adquirida pela Disney por US$ 7,4 bilhões em 2006. No processo, Jobs se transformou no maior acionista individual da companhia de Mickey Mouse.
O outro investimento foi a semente não apenas do retorno de Jobs à Apple, mas teve relação direta com o surgimento da World Wide Web, invenção que impulsionou o crescimento da internet no mundo. Com a NeXT, Jobs desenvolveu computadores poderosos indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Um terminal NeXT foi usado por Tim Berners-Lee como o primeiro servidor de web do mundo, em 1991. Em dezembro de 2006, a Apple adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar tecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da companhia.

Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)

Steve Jobs com seu sucessor no comando da
Apple, Tim Cook (Foto: Kimberly White/Reuters)
O retorno de Jobs marca o início de uma era de crescimento para a Apple incomum na história do capitalismo americano. A sequência de sucessos - alguns atrelados a mudanças no paradigma de mercados importantes - inclui o MacBook, o tocador digital iPod, a loja virtual iTunes, o iPhone e o iPad. A maioria destes produtos veio de ideias impostas pelo próprio Jobs. À revista “Fortune”, em 2008, Jobs falou sobre sua tão aclamada criatividade - "sempre aliada ao trabalho duro", como ele mesmo enfatizou. "Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido."
Nesta segunda passagem, Jobs reforçou ainda o legado de um empresário ímpar, que impunha uma visão holística na criação, desenvolvimento e venda de seus produtos, Do primeiro parafuso ao plástico que embalaria a caixa de cada aparelho, passando por custo, publicidade, estratégia de vendas.
Sigilo na vida pessoal
A mesma discrição que Jobs impunha na vida profissional - os lançamentos da Apple sempre foram tratados como segredo, aumentando a gerar um movimento de especulação que acabava servindo como publicidade gratuita - foi adotada em sua vida pessoal. Por isso, a luta do executivo contra o câncer no pâncreas foi tratada com muito sigilo, dando margem a uma infinidade de boatos.
Em 2004, Jobs fez tratamento após descobrir um tipo raro da doença. Durante o ano de 2008, Jobs foi aparecendo cada vez mais magro e os boatos aumentaram, até que ele anunciou em janeiro de 2009 seu afastamento da diretoria da empresa para cuidar da saúde. No início de 2011, novo afastamento, até que, em agosto, Jobs deixou de vez o comando da Apple. "Eu sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como CEO da Apple, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou", afirmou, em comunicado.

Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)

Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de
2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
A vida reservada fez, por exemplo, que Jobs não tivesse contato direto com sua família biológica. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco, filho dos então estudantes universitários Abdulfattah John Jandali, imigrante sírio e seguidor do islamismo, e Joanne Simpson, foi entregue à adoção quando sua mãe viajou de Wisconsin até a Califórnia para dar à luz.
Segundo o pai biológico, os sogros não aprovavam que sua filha se casasse com um imigrante muçulmano. Lá, ele foi adotado por Justin e Clara Jobs, que moravam em Mountain View. Seus pais biológicos depois se casaram e tiveram uma filha, a escritora Mona Simpson, que só descobriu a existência do irmão depois de adulta.
Do pai adotivo, herdou a paixão de montar e desmontar objetos. Assim como Paul, Steve não chegou a ser um especialista em eletrônicos, mas ao aprender os conceitos básicos conseguiu se aproximar das pessoas certas no lugar certo. Vivendo no Vale do Silício, conheceu Steve Wozniak, gênio criador do primeiro computador da Apple. Trabalhou na Atari até decidir criar, com Woz, sua própria empresa.
Em mais uma conexão com a contracultura, Jobs teria tido um relacionamento de curta duração com a cantora folk Joan Baez, ex-namorada do ícone da música Bob Dylan, talvez o maior ídolo do empresário.
Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.