'' O bom desempenho acadêmico e profissional está menos ligado à inteligência do que ao autocontrole, isto é , à habilidade de gerenciar os impulsos, focar o que é relevante e perseverar.''

O trecho acima, que é assinado por Gilberto Dimenstein, num artigo intitulado : O sucesso dos fracassados (-Cotidiano- Folha de São Paulo- 26 / 06 / 11), retrata muito o que também acredito, sobre como trabalhar e ensinar a ter autocontrole.
Nesse artigo são citados profissionais que fazem pesquisas sobre o assunto desde a década de 1970 , na Universidade Stanford.
Relata inclusive , pesquisa que vale a pena ser lida , bem como todo o artigo em questão.
Destaco aqui alguns trechos para reflexão :

  • É possível aprender  a ter autocontrole ?
  • A habilidade de controlar os impulsos é algo genético ?
  • Como trabalhar essas questões , sem se abreviar o já tão reduzido ''momento do brincar'' das crianças ?
  • Até que ponto a família e a escola podem e devem contribuir na questão do autocontrole das crianças ?
  • E como fazê-lo ?
Algumas escolas nos Estados Unidos (e aqui no Brasil também), estão experimentando esse trabalho , ensinando os alunos a lidarem melhor com a frustração e com o fracasso através de jogos e peças de teatro, em que as crianças viveciam papéis em diversas situações, onde são estimuladas a encontrar  soluções para os desafios.
O sucesso positivo dessa experiência é expresso nas boas notas que esses alunos apresentam.
Conheço muito de perto o trabalho do colégio Paulicéia que atua muitíssimo nesse sentido.
Dentre várias maneiras , destaco aqui a importância do teatro , comandado pelo professor / diretor Manoel Ochoa , que realiza práticas teatrais com crianças desde o maternal até de jovens explorando sítuações das mais variadas , integrando o cotidiano e fantasias.
Os alunos são envolvidos naturalmente pelas histórias , em que se colocam dando sugestões e soluções.
Vivenciam diferentes papéis até o resultado final.
Sou testemunha de progressos incríveis nos alunos também devido a esse trabalho.
Sugiro que leiam a reportagem que hoje destaquei e que conheçam um pouco mais da história do Colégio Paulicéia.

Beijo à todos

Prô Kátia
Gilberto DimensteinCrianças que conseguem lidar melhor com a frustração tendem a ter sucesso e bons empregos
O bom desempenho acadêmico e profissional está menos ligado à inteligência do que ao autocontrole, isto é, à habilidade de gerenciar os impulsos, focar o que é relevante e perseverar.
Esse assunto vai entrar na agenda mundial em razão da recente divulgação de pesquisas que, feitas por psicólogos e neurocientistas de algumas das melhores universidades americanas, vêm ganhando credibilidade entre especialistas em aprendizagem.
Crianças que conseguem lidar melhor com a frustração e com o fracasso tendem a obter bons empregos, a ter sucesso em negócios, a economizar dinheiro, a cuidar da saúde e a ficar distantes de vícios.
Além disso, é claro, elas tendem a ter melhor desempenho escolar. Ficar sentado estudando, afinal, é tarefa que exige que, apostando numa recompensa futura, se deixe de fazer algo mais agradável.
É possível aprender a ter autocontrole? É o que algumas escolas nos Estados Unidos estão experimentando com crianças a partir dos três anos de idade. Os resultados, pelo menos nas notas, têm sido positivos.

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As pesquisas vêm sendo feitas desde a década de 1970, quando, na Universidade Stanford, começaram a acompanhar crianças que demonstravam, em experimentos, saber controlar os impulsos.
Numa das experiências, puseram um chocolate diante de cada criança de um grupo de testes. Aquelas que não comessem nada ganhariam, mais tarde, três chocolates. Acompanhou-se por décadas esse grupo, comparando o desempenho dos seus integrantes nas mais variadas atividades. Observou-se que quem sabe se controlar obtém vantagens acadêmicas, ou seja, boas notas.
No mês passado, a psicóloga Terrie Moffitt, professora da Duke (EUA), um dos mais importantes centros de neurociências do mundo, divulgou um estudo baseado em 30 anos de observação. Foi além das revelações sobre as notas dos alunos. "Há um impacto generalizado nas mais diferentes áreas, inclusive na taxa de criminalidade", afirma.

***

Ela acompanhou 1.037 pessoas desde a primeira infância até os 32 anos de idade. Resultado semelhante ocorreu em suas pesquisas com gêmeos. "Vimos que o autocontrole, depois de descontados fatores como renda e classe social, superou a inteligência como elemento desencadeador de sucesso no universo acadêmico e no profissional."
A pergunta óbvia: a habilidade de controlar os impulsos é algo genético? A psicóloga diz que, em parte, ela decorre de herança genética, mas que também há influência do ambiente, como a família e a escola.
Por isso algumas escolas estão criando jogos destinados a desenvolver o autocontrole. Um dos jogos usa peças de teatro para que as crianças aprendam a executar papéis. Esse é um recurso em meio a diversos tipos de brincadeira, cuja recompensa está associada à capacidade de lidar com a frustração e de postergar alguma decisão. Estimula-se, assim, a capacidade de encontrar soluções para desafios.

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Tenho visto aqui na escola de negócio de Harvard vários professores repetirem o seguinte: bom empreendedor é aquele que sabe fracassar, fazendo dessa experiência uma motivação e um aprendizado. "Fracasso é uma medalha a ser colocada com destaque no currículo", diz Rosabeth Kanter, professora da escola de negócios de Harvard e mundialmente renomada por seus perfis de empreendedores.
Talvez esteja aí um jeito de entender melhor por que migrantes e seus filhos -obrigados a lidar com adversidades e frustrações, desenvolvendo a resiliência- tendem a prosperar e por que cidades mais abertas a imigrantes são mais inovadoras e empreendedoras.

***

PS- Até acho que as pesquisas sobre autocontrole fazem muito sentido. Saber trabalhar as limitações e frustrações é essencial para manter a garra. Meu receio é o modo como isso se traduz na prática. Tenho visto muitos pais e educadores reduzirem o espaço da brincadeira, importante para a imaginação, para que a criança seja um adulto supostamente mais eficiente. Muita criança de classe média tem agenda de executivo. Se o autocontrole é importante para o bom desempenho, a imaginação também o é.


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Fonte: Folha de São Paulo - 26/06/2011
"Somos professores? Muitos mais!
Somos educadores? Mais ainda!
Somos vendedores de sonhos!
Vendemos sonhos para o abatido se animar,
Para o tímido ousar, para o ansioso se tranquilizar,
Para o poeta se inspirar e para o pensador criticar e criar.
Sem sonhos, somos servos!
Sem sonhos, obedecemos ordens!
Que vocês, alunos, sejam grandes sonhadores!
E se sonharem, não tenham medo de caminhar!
E se caminharem, não tenham medo de tropeçar!
E se tropeçarem, não tenha medo de chorar.
Levatem-se, pois não há caminhos sem acidentes.
Dêem sempre uma nova chance para si mesmos.
Pois a liberdade só é real se, após falharmos,
Existir o direito de recomeçar.."

Augusto Cury
       A lição de casa deve avaliar o que o aluno aprendeeu na aula


Momento difícil entre pais e filhos: Hora da lição de casa. Mas pode não ser assim. Essa avaliação mesmo que desafiadora, deve ser motivadora, ou pela própria estrutura, ou pela forma com que será corrigida.
Elisângela Fernandes(em Nova Escola, pag. 45 - junho/julho 2011),comenta a importância da orientação adequada, tanto para o aluno, como para a família. Necessário sublinhar aqui, que o papel da família nesse momento, deve ser o de cobrar e facilitar para que a realização das tarefas aconteça tranquila e ordenadamente. O auxílio na confecção, o desconforto para que o filho faça certo e em determinado tempo, pode resultar em dois fatores negativos:o primeiro, corresponde à postura do familiar que está "ensinando" , ele não deve representar o seu professor. O segundo fator, diz respeito à necessidade que o professor tem em conhecer o que de fato o aluno sabe ou tem dúvidas. Isso não quer dizer,entretanto, que não se deva acompanhar os filhos nas lições de casa. Precisa haver critério; mostrar os erros, incentivar a sua realização limpa e organizada, sanar as dúvidas imediatas...Orientar que o filho procure fazer suas tarefas de forma independente mas se precisar , sempre esclarecer suas questões com o professor e que isso é natural e faz parte do seu processo.
Concordo também com a afirmação de Elisângela,de que "quando é desafiadora, a lição de casa desenvolve a autonomia do aluno e fornece valiosas informações sobre o trabalho do professor. Para fazer desse recurso um aliado, quatro etapas são fundamentais: planejamento, orientação, correção e avaliação".
Sou também favorável à colocação da professora Simone Corrêa Santos Medeiros, quando propõe a organização de plantões de educadores para atender os alunos.
Resumindo, tudo bem organizado, planejado e avaliado, só irá potencializar o aprendizado , verificando o que o aluno aprendeu e servindo de base para a continuidade do trabalho do professor em sala de aula. Em casa, esta deve ser uma oportunidade de maior entrosamento entre pais e filhos:deve ocorrer num clima ameno e de paz.  Ressalto porém, que sempre se deva ter em mente, que cada aluno responde de forma peculiar. É imprescindível que o pai ou professor seja sensível a esse detalhe e descubra estratégias eficientes de "chegar " na criança ou no jovem . 

Prô Kátia





Há alguns anos a inclusão social é um dos temas da hora nas esferas pública e privada, com uma atenção muito especial dos meios de comunicação. Mas, a despeito de certo modismo, é preciso falar sério sobre o assunto, inclusive repensar alguns conceitos que eventualmente adotamos, como autômatos.

E vou me deter num tema. Fala-se muito do direito universal à educação e à socialização e é verdade que em algumas regiões do Brasil já não há crianças fora de salas de aula por falta de vagas. Mas a realidade, vista com um pouco mais de cuidado, se revela menos alentadora. Podemos olhar por todos os pontos de vista: das famílias desprovidas de recursos, de indivíduos portadores de alguma doença e de crianças com deficiência, seja ela física, emocional e/ou cognitiva. É nesta última que vou me deter.

Se pensarmos que a educação atual, salvo algumas exceções, mal consegue dar conta da aprendizagem das crianças ditas “normais”, imaginemos o que resta para as crianças que necessitam de um olhar especial? Sim, um olhar especial, porque são especiais. Porque nelas as dificuldades existem verdadeiramente, mas elas estão dispostas a superá-las.

Achar que inserir uma criança numa sala de aula, sentada numa mesa, com um professor à frente é inclusão é um equívoco danoso para a sociedade. Inclusão é ofertar estrutura, mas uma estrutura que proporcione a qualquer criança uma aprendizagem saudável, eficaz e prazerosa. Nisso está incluso a qualidade dos mestres, não só sob o ponto de vista da formação técnica do profissional, mas, particularmente, em relação a sua disponibilidade afetiva. Ser professor é uma profissão divina, se bem exercida.

Essa estrutura depende de quem? Depende do governo, depende de cada profissional, de cada escola, depende de cada ser humano. Se há “fome” de busca, é possível encontrar soluções.

A questão não se restringe à educação. No que se refere a diferenças, toda a sociedade precisa se repensar. Aceitar as diferenças NÃO é só ver uma criança especial brincando na praça e NÃO tirar o seu filho de perto; NÃO é só NÃO mudar de calçada ao ver um adolescente especial em sua direção. É mudar o olhar. Simples assim.

A Inclusão é mais do que um ato teoricamente correto. Insisto e defendo: o que precisa mudar é o OLHAR sobre as diferenças. Ser igual não requer a aceitação alheia, porque ela é concedida sem ser solicitada. Agora, ser diferente causa medo e desconfianças porque nos sujeita à surpresa, nos tira do conforto da segurança. O diferente causa medo, quando, na verdade, deveria gerar curiosidade, porque é com a diferença que se aprende.

Todos temos semelhanças, mas também temos diferenças, todos nós, sem exceção. Deficiências, crises e conflitos interiores, também. Criou-se uma fantasia, no imaginário das pessoas, em relação às crianças especiais. A verdade é que, por algumas terem feições físicas que fogem do padrão social, ou por terem atos inesperados, as pessoas sentem-se inseguras em como reagir naturalmente, preferindo, na dúvida, se distanciar. De alguma forma, é compreensível, mas se eu pudesse dar um conselho, daria um só: entregue-se a elas.

Depois de alguns anos trabalhando com dificuldades de aprendizagem em crianças com as mais diversas características, muitas com quadros de patologias neurológicas ou psicopatias, posso afirmar que não existem pessoas mais especiais do que “os especiais”. E procure um deles se você quiser aulas de resiliência ou quiser aprender como se tornar uma fortaleza motivada diante de quaisquer dificuldades. Uma criança que não caminha estará sempre tentando dar os primeiros passos, custe o que custar. Aquela que não fala verbalmente (porque fala com o coração) estará sempre arriscando novos sons e modos diferentes de se comunicar. Aquela que tem dificuldade em controlar suas emoções fará esforços intensos e internos para fazer com que os outros a compreendam e a amem mesmo assim. E, em geral, elas são muito amadas por quem se permite aproximar delas.

Sobre a forma de viabilizar a verdadeira inclusão, não tenho a resposta e não sei se alguém a tem. Podemos pensar várias e urgentes medidas para as redes pública e privada de ensino, o que já seria ótimo. Mas um bom começo seria a gente decidir parar de olhar para as diferenças dos outros e enxergar as nossas próprias. Olhar para dentro de nós, para depois romper com a aparente segurança e descobrir o outro. Afinal, qualquer vida é um milagre em si. Nesse momento, talvez possamos pensar em evolução. 

Educação e Crianças Especiais publicado 24/02/2009 por Natacha Moraes em http://www.webartigos.com




É um medo intenso com desconforto das reações fisícas e congnitivas pode
aparecer associado  às fobias e a agorafobia
É um ataque repentino de pânico, ou seja, de repente sente-se algumas alterações no corpo, que causam desconforto e medo de morrer de um ataque cardíaco, derrame ou coisa parecida. Neste momento, a pessoa se desconecta do mundo e passa a perceber somente as reações do seu corpo. Uma vez em pânico ela vai sentir sensações sufocantes como dor no peito, falta de ar, formigamento nas mãos e passa a acreditar que esta tendo um treco, são sensações horríveis e reais. É muito comum a pessoa sair abruptamente do local e procurar ajuda num pronto socorro. O estresse é um dos principais causadores da sindrome do panico, sendo responsavel por 80% dos crises de panico. As drogas representam outro enorme fator de risco. Desde os "energéticos", na realidade estimulantes do sistema nervoso, até, evidentemente, as drogas ilícitas.

A sindrome do panico acomete, principalmente, mulheres ( na proporcao de 2:1 em relação aos homens) no final da adolescência e início da juventude, mas pode ocorrer em qualquer idade.


A partir da primeira crise sindrome do panico é comum o medo e a ansiedade antecipatória de ter outra parecida. A pessoa passa a ter medo de sentir medo e começa a restringir alguns locais ou situações que possam colocá-lo novamente em pânico, é o que chamamos de fobia. Além desta ansiedade e de várias fobias, o portador também se preocupa em evitar lugares cheios demais, ou muito fechados que não dá para fugir se precisar de ajuda imediata, agorafobia.

Muitas vezes o portador de pânico pode ser visto como uma pessoa medrosa, fraca e às vezes as pessoas não têm muita paciência, principalmente se já foram feitos vários exames e nada foi detectado.


SINTOMAS DA SÍNDROME DO PÂNICO


A pessoa está numa situação de tranqüilidade. Em casa, vendo TV, lendo ou conversando com amigos.De repente "aquilo" VEM! Uma sensação horrível de terror, vindo aparentemente do nada, toma conta dela. O coração dispara, há sensação de sufocação, tontura, tremores, as pernas ficam bambas e ele acha que vai morrer, ter um ataque cardíaco, ficar louca ou perder o controle. Essa sensação terrível, das mais angustiantes narradas pelo ser humano, dura cerca dez minutos entre o inicio e o final. É o chamado ataque de pânico. Se esta pessoa apresentar um único ataque seguido de medo de ter outro ou se os ataques se repetirem ela desenvolve o Transtorno de Pânico.

Os principais sintomas da sindrome do panico são: taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de calor e frio, tontura, sensação que vai desmaiar, ter um enfarto, derrame, pressão na cabeça, sensação que o ambiente é estranho (perigoso), perigo de morte, medo de sair de casa, medo de fazer as coisas mais simples como viajar, dirigir, ir a lugares com muita gente, cinema, feiras e etc.


CAUSAS DA SÍNDROME DO PÂNICO


O estresse é um dos principais causadores da sindrome do panico, sendo responsavel por 80% dos crises de panico. As drogas representam outro enorme fator de risco. Desde os "energéticos", na realidade estimulantes do sistema nervoso, até, evidentemente, as drogas ilícitas.

- Abuso de medicamentos, doenças físicas, drogas ou álcool.
- Reação a um stress ou situação difícil.
- Predisposição genética


TRATAMENTO DA SÍNDROME DO PÂNICO

Sem tratamento adequado, a sindrome do panico é altamente incapacitante. No tratamento da sindrome do panico, são utilizados medicamentos para a crise de pânico, habitualmente antidepressivos, acompanhado de Psicoterapia Comportamental e Cognitiva. Para as seqüelas da sindrome do panico, nos medos decorrentes, a medicação não atua. O tratamento de escolha da sindrome do panico é a psicoterapia comportamental e cognitiva. O mesmo se aplica ao trabalho necessário para reconduzir o paciente à sua vida normal.


Quais são as chances de recuperação no tratamento da sindrome do panico ?

Apesar da gravidade dos sintomas, a sindrome do panico mostra bom prognóstico ao tratamento: cerca de 70 a 90% de recuperação. Mas o INMH (Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA) adverte que apenas um terço das pessoas que tem sindrome do panico recebem tratamento adequado.

Desse modo, percebe-se a necessidade de se procurar auxilio de um psicologo quando o individuo se ve acometido pela sindrome do panico. A psicoterapia ajuda a trabalhar a ansiedade, as fobias e mudar a atitude perante a doença. O entrosamento e a vontade de se curar do paciente é fundamental para o tratamento da sindrome do panico. Pode ser necessário também iniciar um tratamento psiquiátrico, com antidepressivos e ou ansiolíticos, para acabar com os efeitos físicos, provocados pelo desequilíbrio bioquímico.
O que é o TOC e quais são os seus sintomas?

O TOC é um transtorno mental incluído pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV) entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preo¬cupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões.

Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão). Um outro exemplo são as dúvidas (obsessão), que são seguidas de verificações (compulsão).

O que são obsessões?
Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).


As obsessões mais comuns envolvem:

• Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação
• Dúvidas
• Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento
• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas
• Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)
• Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar
• Preocupações com doenças ou com o corpo
• Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)
• Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)
• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis


O que são compulsões ou rituais?
Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc.


As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.

Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo "ritual" possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões e diversos grupos culturais adotam comportamentos ritualísticos e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia, benzer-se ao passar diante de uma igreja.

Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo "compulsão" quando se fala em TOC.

Obsessões e Compulsões mais comuns
Preocupação com sujeira, contaminação, medo de contrair doenças e lavagens excessivas


Uma das obsessões mais comuns é a preocupação excessiva com sujeira ou contaminação, seguida de compulsões por limpeza, lavações excessivas e da necessidade de evitar tocar em objetos, ou de freqüentar lugares considerados sujos ou contaminados.

Manifesta-se sob diversas formas, como as relacionadas a seguir:

• Lavar as mãos inúmeras vezes ao longo do dia;
• Lavar imediatamente as roupas que tenham sido usadas fora de casa (mesmo limpas);
• Lavar as mãos imediatamente ao chegar da rua;
• Trocar excessivamente de roupa;
• Tomar banhos muito demorados, esfregando demasiadamente o sabonete;
• Usar sistematicamente o álcool para limpeza das mãos ou do corpo;
• Lavar as caixas de leite, garrafas de refrigerantes, potes de margarina, antes de guardá-los na geladeira;
• Passar o guardanapo nas louças ou talheres do restaurante antes de servir-se;
• Usar xampu, sabão, desinfetante ou detergente de forma excessiva;


Evitações
Os pacientes que têm obsessões relacionadas com sujeira ou contaminação, ou mesmo medos supersticiosos exagerados, adotam com muita freqüência comportamentos evitativos (evitações), como forma de não desencadearem suas obsessões. Esses comportamentos, se por um lado evitam ansiedades e aflições, acabam causando problemas que podem chegar a ser incapacitantes, em razão do comprometimento que acarretam à vida diária. Tais restrições são em geral impostas aos demais membros da família o que acaba inevitavelmente provocando conflitos.
Alguns exemplos de evitações comuns em portadores do TOC que têm obsessões por limpeza e medo de contaminação:
• Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);
• Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;
• Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);
• Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;
• Não encostar roupas usadas "contaminadas", nas roupas "limpas" dentro do guarda-roupa;
• Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);
• Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;
• Não usar telefones públicos;
• Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, aidéticos, pessoas com câncer, etc.);
• Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;
• Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;
• Não freqüentar piscinas coletivas ou tomar banhos no mar.


Na verdade, a preocupação com sujeira, germes, doenças e contaminação é o tema dominante nos pensamentos e preocupações dessas pessoas. Elas os transformam em cuidados e precauções excessivas e impõem esses cuidados aos demais membros da família. Uma paciente, por exemplo, obrigava seus familiares a trocarem a roupa ou os sapatos para entrar em casa; outra obrigava o marido a tomar um banho imediatamente antes das relações sexuais; uma terceira obrigava o marido a lavar a boca antes de lhe dar um beijo ao chegar da rua e ainda uma outra exigia que seu filho de dois anos usasse luvas para abrir a porta. Essas exigências causavam conflitos constantes, o que comprometia a harmonia conjugal e familiar.

Nojo ou repugnância
Nem sempre as evitações estão necessariamente associadas ao receio de contrair doenças ou ao medo de contaminação por germes ou pesticidas. Alguns pacientes referem que evitam tocar em certos objetos, apenas por nojo ou repugnância: por exemplo, tocar em carne, gelatina, colas, urina, sêmen, sem que necessariamente tenham medo de contrair alguma doença específica, ou que passe pela sua cabeça algum pensamento catastrófico específico. O interessante é que esses sintomas também podem desaparecer com o mesmo tratamento – a terapia de exposição e prevenção de rituais utilizada para o tratamento dos demais sintomas do TOC.


Dúvidas, medo de falhar e necessidade de fazer verificações
Uma das preocupações mais comuns no TOC relaciona-se com a possibilidade de falhar e, em conseqüência, ocorrer algum desastre ou dano (a casa incendiar, inundar ou ser arrombada). Tal preocupação se manifesta sob a forma de dúvidas, necessidade de ter certeza ou intolerância à incerteza, as quais, por sua vez, levam a pessoa a realizar verificações ou repetições como forma de ter certeza e aliviar-se da aflição.


Quando o sofrimento associado à dúvida é grande, alguns portadores do TOC simplesmente se esquivam de situações de responsabilidade. Preferem não sentir a necessidade de realizar verificações, evitando, por exemplo, sair por último do local do trabalho, não sendo, assim, responsáveis por desligar os equipamentos ou por fechar as portas.

Acredita-se que certas características pessoais, como um senso exagerado de responsabilidade e conseqüentemente medo de cometer falhas, dificuldade de conviver com incertezas, como comentamos, e um elevado nível de exigência (perfeccionismo) desempenham um papel importante no surgimento e na manutenção das obsessões de dúvida e da necessidade de executar verificações.

As verificações são geralmente precedidas por dúvidas e preocupações com falhas e se destinam a eliminá-las.

As verificações devem ser consideradas sintomas de TOC quando repetidas ou quando o indivíduo sente grande aflição caso seja impedido de executá-las. As situações mais críticas, nas quais o impulso de realizá-las é mais intenso são: a hora de sair de casa, antes de deitar, ao estacionar o carro e ao sair do trabalho.

As verificações mais comuns estão listadas a seguir:

• Portas e janelas antes de deitar ou ao sair de casa;
• Eletrodomésticos (ferro de passar, fogão, chapinha de alisar os cabelos, TV), gás, geladeira etc;
• Se as torneiras estão bem fechadas, seguido da necessidade de apertá-la (às vezes de forma demasiada, a ponto de quebrá-la) ou de passar a mão por baixo para se certificar de que não está saindo nenhuma gota de água;
• Acender e apagar novamente lâmpadas apagadas; ligar e desligar o celular ou a TV de novo, com receio de que não tenham ficado "bem" desligados;
• A bolsa ou a carteira, para certificar-se que não faltam documentos, chaves, etc.;
• Se atropelou ou não com o carro alguém que passava na calçada ou ao lado, seguida da necessidade de verificar no espelho retrovisor ou até mesmo de refazer o trajeto para certificar-se de que o fato não ocorreu;
• Se as portas e os vidros do carro ficaram bem fechados, testando cada uma delas mesmo vendo que os pinos de segurança estão abaixados.


É comum que, além de fazer verificações repetidas, os pacientes toquem com as mãos ou olhem demoradamente os objetos (botões do fogão, torneira do gás, portas da geladeira, lâmpadas). Esses comportamentos não deixam de ser formas sutis de verificação e de eliminação de dúvidas.

As compulsões associadas a dúvidas também podem ser mentais, como reler várias vezes um texto ou parágrafo e recitá-lo mentalmente para ver se foi memorizado corretamente, visualizar repetidamente uma mesma cena ou, ainda, repetir mentalmente uma conversa para garantir que nenhum detalhe tenha sido esquecido, revisar várias vezes um cheque assinado para que não contenha nenhum erro, revisar repetidamente listas para que nada seja esquecido, etc.

No seriado de televisão Monk, o protagonista é um ex-policial que tenta retomar a carreira solucionando os crimes mais misteriosos, enquanto tenta conviver com suas manias e obsessões. De forma divertida, Monk passa pelas mais absurdas aventuras para enfrentar seu medo excessivo de altura ou de se contaminar por germes. Ele sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Mas, para pelo 2% da população mundial, o tema não é nada engraçado. Tanto que a Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para o tratamento da doença, na última quarta-feira,e cerca de 50 pessoas se interessaram.

O TOC é o quarto transtorno psiquiátrico mais comum no mundo. Perde apenas para a depressão, a dependência química e as fobias. Famosos, como o cantor Roberto Carlos, já foram verdadeiros prisioneiros dos rituais que se obrigavam a realizar. O "Rei" chegou a ficar anos sem cantar a canção Quero que vá tudo para o inferno e até hoje não veste marrom.

Fonte: sindromedoseculo.blogspot.com/.../toc-transtorno-obsessivo-compulsivo.html
A síndrome de Asperger é um distúrbio que, embora esteja inserido no autismo, tem características bastante diferentes. As pessoas afectadas por esta desordem relacionam-se de modo perfeitamente normal no seio familiar. É no meio escolar e social que surgem as dificuldades de interacção. Ao contrário do que acontece com o autismo, os portadores da síndrome de Asperger não revelam problemas no desenvolvimento da linguagem e, normalmente, não têm dificuldades de aprendizagem. Têm até, muitas das vezes, um QI acima da média. Apresentam, no entanto, dificuldades a nível da concentração. Têm problemas de comunicação e de flexibilidade e as dificuldades no relacionamento social deve-se ao facto de, muitas vezes, se tornarem aborrecidos por concentrarem as conversas nos seus assuntos favoritos, repetindo-se excessivamente. Habitualmente não percebem jogos de palavras, brincadeiras, trocadilhos, o que os leva, frequentemente, a entrar em conflito, tornando-se então muito agressivos ou apresentando movimentos repetitivos. E possuem um sentido de humor muito particular, difícil de ser entendido pelos outros.

Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/746640-sindrome-asperger/#ixzz1PCZeojmG
Vamos pensar...

  Tivemos duas notícias de Redes Sociais distintas no dia 11 deste mês.Uma, expõe a utilização de trabalhos e materiais didáticos sem autorização da escola, o que causou atrito e constrangimentos entre Escola X Família.Outra, onde uma adolescente com câncer em fase terminal, utiliza-se de seu blog para fazer alguns pedidos, sensibilizando principalmente sobre a importância da doação de medula e de se "aproveitar bem " a vida que se tem.
  São temas para se pensar e avaliar o papel das Redes Sociais; o quanto é delicado e tênue o limiar entre o que se pode ou não; o que se deve ou não fazer através de um "click" que atinge milhões de usuários.
Evidencia também, portanto, o papel do educador que deve ser mediador entre a realidade e suas atribuições tecnológicas. O educador deve valer-se dos meios tecnológicos como úteis instrumentos pedagógicos, mostrando ao educando como utilizá-los dessa forma. Deixá-lo que explore sozinho, sem nenhuma avaliação ou retorno, é como deixá-lo ainda pequeno, abandonado, num ambiente repleto de eletrodomésticos que facilitam muito a sua vida, mas também pode machucá-lo gravemente.
Esse papel de mediador, também se amplia aos pais que devem participar de muito perto das atividades dos filhos. Estamos numa era de variações culturais e  valores são questionados  a todo momento, incentivado principalmente pela mídia. Daí o nosso cuidado como pais se duplifica.
As instituições devem promover reuniões, debates e palestras sobre o assunto.
Não se pode ficar de braços cruzados e se calar.Temos que participar juntos!

Fica aqui meu "toque"...
Prô Kátia
Lista de desejos de menina com câncer terminal faz sucesso na internet

                                                          
Uma adolescente britânica de 15 anos em estado terminal de câncer atraiu mais de 230 mil visitantes para o seu blog no qual relata sua busca em conseguir completar uma lista de 17 coisas que pretende fazer antes de morrer.

Alice Pyne lançou seu blog na última segunda-feira, após seus médicos terem considerado que não há mais tratamentos possíveis para o linfoma descoberto há quatro anos.

"Eu sei que o câncer está me vencendo e não parece que eu vou vencer esta", diz ela em sua apresentação no blog. "É uma pena, porque há tanta coisa que eu ainda queria fazer", escreveu ela.

Ela prometeu documentar "o tempo precioso com minha família e meus amigos, fazendo as coisas que eu quero fazer". "Você só tem uma vida (...) viva a vida", complementa.

Em uma mensagem postada após o sucesso do blog, ela escreveu: "Nossa, eu pensei que estava só fazendo um pequeno blog para alguns amigos! Muito obrigado por todas suas adoráveis mensagens para mim".

Entre os desejos da menina está nadar com tubarões, encontrar a banda Take That, visitar uma fábrica de chocolates e inscrever sua cachorra, Mabel, em um concurso.

Ela também incluiu em sua lista "fazer todo mundo se inscrever para se tornar doador de medula".

Na quarta-feira, com a repercussão de sua história, o próprio primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu se tornar um doador após ouvir o relato do caso de Alice no Parlamento por um deputado opositor.

O sucesso também a ajudou a arrecadar mais de 10 mil libras (cerca de R$ 26 mil) em doações para uma organização beneficente de pesquisas sobre o câncer.

DOADORES

No ano passado, Alice Pyne já tinha ganhado certa notoriedade no Reino Unido ao lançar uma campanha com a associação Anthony Nolan, que ajuda pacientes que precisam passar por transplantes, para encontrar doadores de medula óssea que pudessem ajudá-la em seu tratamento.

Mais de mil pessoas se voluntariaram para doar a ela, mas em outubro os exames médicos mostraram que o câncer havia se espalhado e que já não havia opções de tratamento.

Ela passou por várias sessões de radioterapia e quimioterapia, além de se submeter a um transplante com as suas próprias células-tronco, mas os tratamentos não tiveram o resultado esperado.

Em sua apresentação no blog, a adolescente diz que não espera conseguir completar toda sua lista de desejos. "Algumas coisas não vão acontecer, porque eu não posso nem mesmo viajar mais", diz. Um dos itens de sua lista é "viajar para o Quênia".

Ela diz, porém, que pensou que seria divertido publicar a lista na internet e ir marcando o que ela for conseguindo fazer, ao mesmo tempo atualizando os leitores do blog sobre o processo.

Graças ao sucesso do blog, porém, ela vem recebendo milhares de ofertas de ajuda para conseguir cumprir seus desejos. Em um comentário postado na quinta-feira, ela conta que vai conhecer o Take That no fim de semana.

"Estou tão excitada que nem posso esperar. Só espero que não fique doente ou algo estúpido", diz. "Tenho vivido de pijamas no último ano, então minha mãe foi à cidade para comprar roupas para mim", conta.

"Parece que outras coisas que eu havia desejado estão sendo organizadas para mim, então obrigado a todos por isso. Eu me sinto uma garota de muita sorte", afirmou.

Confira a lista de Alice:

- Nadar com tubarões

- Fazer todos assinarem lista de doadores de medula óssea

- Viajar ao Quênia (não posso viajar para lá agora, mas gostaria)

- Inscrever a cachorra Mabel em um concurso

- Fazer uma sessão de fotos com 4 amigas

- Ter uma sessão privada de cinema com as melhores amigas

- Desenhar uma caneca para vender para caridade Viajar em um trailer

- Passar uma noite em um trailer

- Ter um iPad roxo

- Ser uma treinadora de golfinhos (também não posso mais fazer esta)

- Encontrar a banda Take That

- Ir ao Cadbury World (parque temático da fábrica) e comer um monte de chocolate

- Tirar uma boa foto com a Mabel

- Ficar em um quarto de chocolate no (parque de diversões) Alton Towers

- Fazer meu cabelo, se alguém puder fazer algo com ele

- Fazer uma massagem nas costas

- Ver baleias
Fonte: Folha.com
Comunidade na rede social foi criada por estudante para a troca de informações sobre tarefas e provas da escola


Colégio diz que site era usado para cola; mãe reclama que houve constrangimento e dá queixa na polícia



DENISE MENCHEN
DO RIO



A suspensão de uma aluna de 15 anos que criou uma comunidade na rede social Facebook para a troca de informações sobre tarefas e provas da escola pH virou caso de polícia no Rio.

Após Jannah Nebbeling chegar sozinha de táxi em casa dizendo ter sido coagida a apagar a página sob risco de prisão, a mãe dela, Andrea Coelho, registrou queixa.

Ela entrou, também, com processo por danos morais contra a escola.

A comunidade, criada em março, era usada por alunos do 1º ano do ensino médio de diversas unidades do pH para a divulgação de respostas de lições que valiam nota.

Jannah diz que o ambiente era "construtivo", já que muitas vezes as respostas publicadas por um aluno viravam tema de debate. Ela reconhece, porém, que muitos também usavam a rede social só para copiar trabalhos. "Isso depende de cada um.

Eu copiei algumas vezes, com outras palavras, mas, antes do Facebook, eu me reunia com minhas colegas para fazer o dever. A comunidade só facilitou", diz.

A mãe da garota diz que o problema maior foi ter considerado negligente a atitude da escola ao enviar a aluna sozinha de táxi para casa.

Além disso, Andrea diz que a filha foi constrangida pela diretora na frente de dois professores e coagida a apagar a comunidade, o que ela não conseguiu fazer.

"Eles disseram que, se ela não apagasse a página, eu poderia ser presa por crime cibernético", conta a mãe.

Educadores ouvidos pela Folha são unânimes em reprovar a reação do colégio.

Para Luli Radfahrer, professor de comunicação digital da USP e colunista da Folha, o Facebook poderia sediar um enorme grupo de estudos voluntário, que melhoraria o desempenho dos alunos.

"O pavor das novas tecnologias apenas revela o quanto a escola é cada dia mais anacrônica", diz Luca Rischbieter, consultor pedagógico da área de tecnologia educacional da Positivo.

O problema, afirma Nilbo Nogueira, doutor em educação com ênfase em novas tecnologias pela PUC-SP, é o uso inadequado da internet por falta de orientação dos professores.

Colaborou CRISTINA MORENO DE CASTRO, de São Paulo
Colégio diz em nota que seguiu a sua linha pedagógica
OUTRO LADO
DO RIO

Em nota, o colégio pH afirmou lamentar que a estudante tenha levado à Justiça um assunto de cunho estritamente educacional.

"A instituição tomou as medidas cabíveis, seguindo sua linha pedagógica, ao constatar que a aluna administrava página em rede social na qual usava o logo da instituição e veiculava material didático do colégio sem autorização e de forma inadequada", diz a nota.

O colégio diz que ofereceu um funcionário para acompanhá-la até em casa, mas que a oferta foi recusada.

O pH é um dos colégios com maior taxa de aprovação em vestibulares.


11 de junho de 2011
Veja mais | Folha de S. Paulo | Cotidiano | BR
Escolas ainda têm dificuldade para se adaptar à tecnologia
ANÁLISE
ANTÔNIO GOIS
DO RIO


Em abril deste ano, em Harvard, a mais prestigiosa universidade do mundo, estudantes foram acusados de usar o Facebook para colar.

Há três anos, na também reverenciada Cambridge, na Inglaterra, um jornal publicou uma enquete com universitários em que 49% admitiam já terem usados sites e redes sociais para plagiar.

Surpresa seria se isso não acontecesse. Mas é sintomático que, no caso da educação, estudos demonstrem que a entrada do computador na sala de aula veio acompanhada de queda no desempenho dos alunos.

Há uma anedota que ajuda a entender essa dificuldade: se alguém fosse transportado de um passado remoto para hoje, a única instituição que reconheceria seria a escola, onde quase nada mudou.

Fazer com que todo esse arsenal tecnológico jogue a favor do aprendizado é um desafio. Não há receita simples para o sucesso, mas há uma infalível para o fracasso: negar que, com ou sem o aval do professor, estudantes farão bom ou mau uso das mídias a seu alcance.
O que é?

é uma alteração "cerebral" / "comportamental" que
afecta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de
responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
Algumas crianças, apesar
de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também
retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da
linguagem.
Alguns parecem fechados e distantes e outros parecem presos a
comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
O autismo é mais
conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou
adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo ou seja
existem perturbações das relações afectivas com o meio.
A maioria das
crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou
palavras), inversão pronominal etc..
O comportamento delas é constituido por
actos repetitivos e estereotipados; não suportam mudanças de ambiente e preferem
um contexto inanimado.
O termo autismo se refere ás características de
isolamento e auto-concentração das crianças.
O autista possui uma
incapacidade inata para estabelecer relações afectivas, bem como para responder
aos estímulos do meio.
é universalmente reconhecida a grande dificuldade que
os autistas têm em relação á expressão das emoções.


Características comuns do autista:
Tem
dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
Parece surdo, apesar de
não o ser,
Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente ela é
completamente interrompida.
Age como se não tomasse conhecimento do que
acontece com os outros,
Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não
existam motivos para isso,
Costuma estar inacessível perante as tentativas
de comunicação das outras pessoas,
Não explora o ambiente e as novidades e
costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
Apresenta certos gestos
repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
Cheira, morde
ou lambe os brinquedos e ou roupas,
Mostra-se insensível aos ferimentos
podendo inclusive ferir-se intencionalmente
Etc.


Causas:
A nível médico as causas são
desconhecidas apesar das investigações e estudos feitos.


Tratamentos:
Poucos são os tratamentos
actualmente existentes uma vez que os resultados são muito pequenos e
morosos.
Os tratamentos passam por uma estimulação constante e por um apoio
constante como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o
ambiente, com as pessoas e com outras crianças.
Frequentemente usa-se a
hipoterapia, a musicoterapia, a terapia da fala, a natação, o contacto com
animais, o apoio em casa e com especialistas e muitas outras
abordagens.
Infelizmente estas abordagens não resolvem as causas por detrás
do autismo.
Há que resolver as causas por detrás do autismo e para isso há
que compreender quais elas são.


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Ele vive no seu próprio mundo." A frase é bastante utilizada para descrever de forma leviana pessoas distraídas, que dão pouca atenção ao que acontece ao seu redor. As mesmas palavras, entretanto, ganham um significado muito mais enfático quando se referem a um portador de autismo – uma desordem neurológica manifestada por uma tríade de sintomas: déficit de interação social, dificuldade de linguagem e comportamento repetitivo.

O autismo não é uma disfunção única, mas sim um espectro de problemas, que variam de intensidade e tipo. Uma criança com um autismo leve como a síndrome de Asperger, por exemplo, pode conversar, frequentar escolas normais e ter uma vida independente quando envelhecer. É justamente por abarcar uma infinidade de comportamentos e sintomas secundários que médicos e cientistas preferem classificar o distúrbio, de maneira mais geral, como desordens do espectro autista (ASD, na sigla em inglês).

"É uma charada difícil de ser desvendada, e por isso decepcionante e frustrante", comenta o neuropediatra Leonardo de Azevedo, do IFF-Fiocruz (Instituto Fernandes Figueira), no Rio de Janeiro.

Azevedo realiza estudos clínicos sobre o autismo, em especial sobre a relação entre o distúrbio e o sistema imunológico do seu portador. Além dele, outros pesquisadores e médicos do setor de Neurologia do instituto têm as desordens do espectro autista como objeto de estudo, como é o caso do neurofisiologista Vladimir Lazarev e do neurologista Adailton Pontes, mais voltados para a neurofisiologia da desordem.

Episódios nos quais uma criança portadora de autismo é erroneamente diagnosticada e, por isso, não passa por tratamentos adequados, não são raros, mesmo hoje em dia. No Brasil, por exemplo, ainda há muitos casos de diagnóstico tardio.

Esse cenário está longe do ideal. É de consenso geral entre os cientistas: quanto antes for feito o diagnóstico do autismo, mais fácil e eficiente é o tratamento e, consequentemente, também a melhora. Para o médico Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o ideal é que o diagnóstico seja feito quando a criança tem entre um ano e meio e dois anos.

" O mais comum, no entanto, é a partir dos três anos de idade", afirma.

A força da genética – Desde que o autismo foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, um sem-número de estudos já foi feito sobre a desordem, mas ela ainda é considerada uma das mais enigmáticas da ciência.

"Os fatores genéticos respondem por mais de 90% das causas para o autismo", explica o neuropediatra Leonardo deAzevedo.

Os outros possíveis fatores não são conhecidos, e podem ser, por exemplo, resultado de problemas durante a gravidez, como rubéola, toxoplasmose e acidentes.

No Brasil, a pesquisa genética também tem bons prognósticos. O laboratório coordenado por Vadasz no Hospital das Clínicas de São Paulo tem, além de uma área de diagnóstico e tratamento para distúrbios do espectro autista, um projeto de pesquisa voltado para a identificação de genes-candidatos à desordem e de tratamentos com células-tronco. Vadasz é otimista. Para ele, em cinco ou 10 anos, será possível realizar intervenções terapêuticas.

"A ideia é tirar células-tronco dos dentes de leite de crianças autistas, colocá-las em cultura e, com o tempo, diferenciar essas células em neurônios", explica.

Em seguida, os cientistas tentarão introduzir esses neurônios no sistema nervoso para suprir algumas falhas no processamento cerebral, numa técnica chamada de "reengenharia dos neurônios".

Se clinicamente o autismo é bastante conhecido e suas formas de tratamento já alcançaram relativo sucesso, os mecanismos pelos quais ele atua no cérebro ainda geram dúvidas. Muitas hipóteses consideradas têm sido derrubadas por falta de comprovação. De maneira geral, a teoria mais aceita pela comunidade científica é que as mutações genéticas causam falhas de conexão entre as diferentes regiões cerebrais, o que geraria problemas em algumas estruturas, como o cerebelo, o hipotálamo (onde se sintetiza, por exemplo, a oxitocina) e o córtex.

Oxitocina: uma esperança
Entre todos os genes candidatos, a descoberta de um deles tem gerado efeitos práticos mais concretos. Trata-se do gene responsável pelo controle da produção da oxitocina, um hormônio relacionado ao sistema reprodutor feminino, que é produzido no hipotálamo.


Apelidada de "hormônio do amor" graças ao seu papel nas relações interpessoais e nos comportamentos afetivos, a oxitocina tem sido analisada em vários países por seu potencial de tratamento de alguns comportamentos autistas, como a ausência de contato visual e a dificuldade de relação com outras pessoas. "Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista possuem menos oxitocina no sangue periférico", explica Azevedo.

Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo todo têm realizado testes que analisam os efeitos da ingestão de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal.

Dados os excelentes resultados em estudos, a expectativa é que futuramente se poderá tratar o autismo com oxitocina.

Tratamento – A oxitocina ainda está em fase de testes para o tratamento de sintomas do autismo. Por enquanto, o tratamento para o distúrbio passa por várias áreas médicas, e o grau de efetividade depende da idade em que é iniciado. A cura, entretanto, ainda não está num horizonte próximo.

"No entanto, há tratamentos comportamentais bastante efetivos que podem ajudar crianças e adultos a superar suas dificuldades", comenta o psicólogo Ami Klin, diretor do programa de autismo da Universidade Yale.

Para ele, o objetivo com esses tratamentos – em sua maior parte sem a utilização de medicamentos – não é curar, mas ajudar os portadores dessa desordem no seu relacionamento com outros

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A Síndrome de Down é também conhecida por trissomia do cromossoma 21. Nada mais é do que um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo a mais no cromossomo número 21. A pessoa portadora da Síndrome de Down apresenta características marcantes na estrutura corporal e na face.

Recebe o nome de ‘ Síndrome de Down’ em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune.

A Síndrome de Down é muito facilmente identificada após o nascimento, por causa das aparências físicas que a criança aparenta ao nascer. A criança portadora da síndrome apresenta habilidade e desenvolvimentos físicos abaixo da média, além de um retardo mental leve ou até mesmo moderado. A Síndrome de Down atinge um em cada mil nascimentos.

                                           Características Faciais da Síndrome de Down

As pessoas com Síndrome de Down têm características marcantes como ter apenas uma das pregas na palma da mão, olhos com formas diferentes, membros pequenos, falta de tônus muscular e língua protrusa.

Além disso, apresentam dificuldades no aprendizado e quem tem Síndrome de Down ainda corre mais risco de sofrer de defeitos cardíacos congênitos, doenças de refluxo, otites recorrentes, apnéia do sono e distúrbios da tireóide.

O bebê que nasce com Síndrome de Down é um bebê mais molinho, já que não tem estrutura muscular fortalecida. Quando ele crescer, vai apresentar um comprometimento intelectual, ou seja, ele vai aprender mais devagar do que as outras crianças.

Geralmente quem tem Síndrome de Down apresenta características físicas bem definidas, nas quais são logo perceptíveis, como os olhos amendoados, dedos curtos, pescoços curtos, pontos brancos na íris, flexibilidade excessiva, além dos defeitos cardíacos.

As causas genéticas da Síndrome de Down são o aparecimento de três cromossomos 21. Entre as doenças genéticas que acometem os recém-nascidos, a Síndrome de Down é a mais estudada. A trissomia é a presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 nas células de uma pessoa.

As mulheres que engravidam mais tarde tem maior risco de terem bebês com Síndrome de Down. A idade da mãe influencia e muito na incidência de ter um filho com Síndrome de Down; quanto mais velha a mulher for, maior será o risco.

Por causa dos problemas que uma pessoa com Síndrome de Down tem a expectativa de vida gira em torno nos 50 ou 60 anos. Mas há casos de portadores da Síndrome de Down que viveram até mais de 74 anos. Por causa dos estudos relativos aos portadores da Síndrome de Down, hoje em dia já existem escolas e instituições que cuidam da aprendizagem de quem tem a síndrome, e podem ajudar para que eles tenham uma vida normal, estudem, trabalhem e até mesmo casem.

Antigamente existia um grande preconceito com a criança portadora da Síndrome de Down, hoje em dia felizmente isto mudou e todos sabem que que elas podem e devem viver uma vida normal, e ter um convivio normal com a família e com a sociedade.

Foto: Wikipédia Autor Erin Ryan

Associação Reviver

"Sem linguagem não somos seres humanos completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente à linguagem e estão condenados ao isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural."
Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos SurdosOliver Sacks

"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa.Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos.Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo." Terje Basilier

"Os surdos podem comunicar-se mais facilmente e com maior precisão pela Língua de Sinais, porque o cérebro deles se adapta para esse meio e, se forçados a falar, nunca conseguirão uma linguagem eficiente e serão duplamente deficientes."
Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos SurdosOliver Sacks

"Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me torna excepcional..."
Vôo da gaivota, Emmanuelle Laborrit

"Como se sabe, a língua além de ser o principal veículo de comunicação, é também o mais importante meio de identificação do indivíduo com sua cultura e o suporte do conhecimento da realidade que nos circunda. O problema das minorias lingüisticas é, pois, muitas vezes, não apenas a privação da língua materna, mas sobretudo a privação de sua identidade cultural." Lucinda Brito

"A gaivota cresceu e voa com suas próprias asas. Olho do mesmo modo como que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos são bilíngües. Ofereço-lhes minha diferença. Meu coração não é surdo a nada neste duplo mundo..."
O vôo da gaivota, Emmanuelle Laborrit

"A língua é a chave para o coração de um povo. Se perdemos a chave, perdemos o povo. Se guardamos a chave em lugar seguro, como um tesouro, abriremos as portas para riquezas incalculáveis, riquezas que jamais poderiam ser imaginadas do outro lado da porta."
Eva Engholm, 1965


" Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo." Ludwig Wittgenstein

" Uma língua é um lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites de nosso pensar e sentir." Vergílio Ferreira

" A Escola deve ser um elemento transformador. A isso, acrescentaríamos: deve sê-lo de modo especial para o surdo, mais do que para qualquer outra criança ouvinte, pois temos que admitir o seu universo, mas transformar a sua deficiência em eficiência. Talvez, mais do que educadores em geral, tenhamos o compromisso com a escola transformadora."
*Alfredo Goldback* adaptação

" No mundo há muitas línguas diferentes, mas cada uma tem seu sentido. Porém, se eu não entendo a língua que alguém está falando, então quem fala é estrangeiro para mim e eu sou estrangeiro para ele."
*Primeira carta de Paulo aos Coríntios* adaptação

" É impossível para aqueles que não conhecem a língua de sinais perceberem sua importância para os surdos: a influência sobre a felicidade moral e social dos que são privados da audição, a sua maravilhosa capacidade de levar o pensamento a intelectos que, de outra forma, ficariam em perpétua escuridão. Enquanto houver dois surdos no mundo e eles se encontrarem, haverá o uso dos sinais."
*J. Schuyler Long* adaptação

" O universalismo que queremos hoje é aquele que tenha como ponto em comum a dignidade humana. A partir daí, surgem muitas diferenças que devem ser respeitadas. Temos direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza." Boaventura de Souza Santos

" A Língua de Sinais é, nas mãos de seus mestres, uma linguagem das mais belas e expressivas, para a qual, no contato entre si é como um meio de alcançar de forma fácil e rápida a mente do surdo, nem a natureza nem a arte proporcionaram um substituto satisfatório." J. Schuyler Long