Bom dia!!!!!!
Hoje resolvi abordar um tema polêmico mas que cabe muita reflexão principalmente pelos dias de hoje.
Num momento em que a tecnologia avança a passos largos, certos dogmas ficam muitas vezes enraizados num passado preconceituoso . Se buscamos por um mundo mais justo e tolerante, devemos rever certos conceitos.Fica aqui minha contribuição e gostaria imensamente da participação dos amigos.
Super abraço,
Kátia

Muito se ouve falar sobre homossexualidade nos dias de hoje, principalmente depois que celebridades e formadores de opinião resolveram assumir a opção. O tema ficou mais recorrente, mais fácil de ser comentado.

Porém, a relação dos homossexuais com a família ainda é um tema pouco explorado - e cheio de dificuldade.
Talvez esse relativo silêncio torne tudo ainda mais difícil para os pais de gays e lésbicas. Eles, no geral, se sentem perdidos quando a prole revela a orientação sexual diferente da encarada como "normal". "Os pais ficam desorientados, infelizes, desesperados, porque ninguém foi preparado pra ter filhos homossexuais", diz a professora universitária Edith Modesto, presidente da Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais (GPH) e autora do livro "Mãe sempre sabe? - Mitos e Verdades sobre Pais e Seus Filhos Homossexuais" (Record, 2008).
A ONG existe desde 1999. Foi fundada pela própria Edith, que descobriu que seu filho caçula era gay sete anos antes. Na época, a professora se sentiu melhor com a situação por ter conversado com outras mães. Ao perceber que muitos pais sofriam com a descoberta de ter um filho que sente atração por pessoas do mesmo sexo, resolveu criar a organização, de início chamada Grupo de Pais de Homossexuais - daí a sigla GPH.
A ideia deu certo e hoje a associação se expandiu. "O objetivo do GPH é a ajuda mútua entre pais que têm filhos homossexuais para que aceitem seus filhos e a família seja feliz. Como é a única ONG que trabalha com esse objetivo, e tem crescido muito, penso que deve ter valor para as pessoas", conta a presidente.
Se uma criança ou adolescente que descobre e resolve contar que é homossexual já tem muitas dificuldades para fazer isso, os pais e familiares mais próximos sentem, da mesma forma, dificuldades para entender a situação. Por isso, para Edith, é bom adquirir mais conhecimento sobre a diversidade de orientação sexual. "Além disso, conversar com outros pais na mesma situação também é ótimo. Por isso o trabalho da nossa ONG é importante", garante.
Uma das preocupações dos pais é que o filho gay ou filha lésbica seja alvo de preconceito na maioria dos ambientes tradicionais que frequentar. Então, a orientação do pai e da mãe é imprescindível para que a criança, adolescente ou até o adulto sofra menos. E não existe um jeito "certo" para fazer isso. "Os indivíduos não são iguais, as dinâmicas familiares também não. Temos de ver caso a caso o que será melhor fazer. De modo geral, o acolhimento e solidariedade sempre são a base de tudo", diz a professora.
De acordo com Edith, após conversas com outros pais de homossexuais, homens e mulheres que antes estavam tristes, aos poucos, restabelecem a convivência harmoniosa com seus filhos. Aliás, ela mesma passou pela experiência e hoje se sente em paz. "Agora, ter um filho homossexual é como ter um filho heterossexual. Há um processo em que a mãe estranha muito, mas acaba aceitando o filho como é, porque o ama".
Então, se você tem um filho homossexual ou mesmo suspeita de que ele se interesse por pessoas do mesmo sexo, o segredo é acolher para que ele ou ela esteja sempre próximo de você. Lembre-se que é seu filho, independente de sua opinião sobre a homossexualidade. Com amor e cuidado, vocês podem ter um bom relacionamento.

Pesquisa: Vila Mulher     Por Priscilla Nery (MBPress) 

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Atena disse...

Isso é o que chamo de texto educativo. Muito bom.
Só mães e pais que passaram por essa experiência é que são autoridades para falar sobre o assunto, pois não é fácil, não.
Parabéns, Katia, pela iniciativa.
beijos

Anônimo disse...

Olá Kátia, excelente postagem! Essa associação é uma excelente ideia e muito útil. Muitos pais não tem tanto preconceito assim, mas são impelidos a temer o sofrimento que seu filho vai passar numa sociedade atrasada como a nossa... E a luta deles é, além de obterem mais esclarecimento e aceitar o filho, também fazer com que ele seja aceito pelo resto da família. A luta pela igualdade de direitos está muito associada a psicologia das pessoas que dever ser orientadas nesse sentido.
Abraços