Estou trazendo hoje uma contribuição valiosa de um grande amigo.
Sugiro que leiam com atenção e comentem deixando  suas opiniões, críticas, enfim...
Vamos debater juntos esse tema tão difundido atualmente.
Meu carinho de sempre...



Violência infantil         

Quando nos deparamos com as freqüentes notícias de estupro, abandono, seqüestros de crianças, Fundação Casa, assaltos, latrocínios..... e por aí vai, não é raro ter como “protagonista” um menor.

A violência em si nada tem de ingênua. Os elementos que compõem cada cenário, tem produção, planejamento e execução, só não contam com platéia. Com este quadro, não fica difícil imaginar a origem dessa violência urbana banalizada. Observa-se ainda, que o jovem, qualquer que seja a classe a que pertença,está sendo usado corriqueiramente, para assumir os vários crimes cometidos por bandos, utilizando inteligentemente a fragilidade legal em punir apenas com ações corretivas. Covardemente os marginais de hoje se escondem num escudo chamado “de menor”, para tirar proveito de suas subtrações sem pena. Os jovens são “presos”, submetidos a medidas de socializações, pelo ato isolado cometido, sem considerar um histórico. Todos sabem que não há penalidade legal, porque o legislador julgou por muito tempo que os jovens não tinham estrutura para assumir esse ônus penal. 

Contudo o que se vê, são plenamente capazes de mutilar famílias, sem culpa. Um verdadeiro despautério, por vez que a capacidade civil está estabelecida para os maiores de 16 anos, importando dizer que podem contrair matrimônio, constituir empresa, movimentar conta corrente. É preciso sim punir um delito com detenção, prisão, após um julgamento justo. A sociedade cobra essa resposta, porque os injustiçados na verdade, são por muitas vezes os familiares das vítimas.
Desta forma, o trabalho é mais profundo. Exigirá políticas públicas mais responsáveis, mais comprometidas com a realidade deteriorada de nossa sociedade. Não basta uma legislação que obrigue um benefício, uma escola que mostre suas instalações novas, um hospital semi inaugurado sem equipamentos. Não basta dar Bolsa disso ou daquilo. É preciso cobrar mudanças! É preciso traçar um plano onde a irresponsabilidade efetiva dos pais traga conseqüências. Não só reforçar a força, é preciso vigiar os diversos depósitos de crianças e adolescentes, chamar à responsabilidades esses jovens que atuam no crime descaradamente, fazendo-os responsabilizar por seus atos.

A Infância é um estágio que todos passamos. Dali, levamos para vida inteira, valores que vão moldar nossa vida. Se nessa infância houver o respaldo da família, nossa juventude será feliz e a vida adulta, equilibrada e madura para encarar os desafios que a vida oferece. Não obstante as intempéries, tornamos a sociedade sustentável. No contra ponto, uma infância onde a maior preocupação é a falta de comida, teto, muitas vezes a escola serve apenas como refeitório para os filhos, na maioria das vezes a falta de uma correta orientação, leva essas crianças a uma falta de limites. A constante falta de recursos numa família, a agressividade, por falta de possibilidades e horizontes, é a linguagem mais freqüente. A intensidade dessas agressividades tira a inocência dessas crianças pela necessidade de defesa e as vezes até de sobrevivência. 

Não basta educar. Se não houver parâmetros em suas vidas, não haverá escola pior que a rua da vida selvagem. Se uma criança não tiver um espelho, como irá refletir?? Dar o peixe pronto, nunca foi uma possibilidade de crescimento. Contudo, é preciso considerar que o peixe que se dará aos pais associado ao acompanhamento da formação dos filhos, trará possibilidade de mudanças, para que o futuro adulto saiba pescar.

Hélio Galeno Marques

Vale pensar a repeito, partilhar essas idéias ...Quem sabe o nosso movimento não surta efeito!