Amigos!
A Revista Educação traz sempre textos muito interessantes. Vale
a pena assinar a revista todos que se interessarem por temas educacionais de
todas as ordens.
Segue abaixo pequeno trecho de uma reportagem sobre
observâncias para quem trabalha com crianças de inclusão , o que é bastante
advertido nessa revista.
Abraço,
Kátia
Perfil apropriado
"Existem bons profissionais com
qualificação, comprometidos, e a formação que temos realizado mensalmente vem
fortalecendo o lado pedagógico e, acredito, até a autoestima desses
professores", diz Iara de Moraes Gomes, articuladora de educação especial
da rede municipal de Campina Grande (PB). "Um de nossos cuidados é não
permitir que nas Salas de Recursos Multifuncionais estejam professores que não
tenham o perfil apropriado, ou seja, professor que emocionalmente não está bem,
professor que está vivendo o processo de aposentadoria, professor que não gosta
de fazer o que faz, que não gosta de sua formação etc."
"A escola está ensinando geografia,
história e ciências, um conteúdo muito mais atualizado em outras mídias do que
no livro didático e na aula. A grande virada do professor seria, a partir do
Plano de Aula de Direitos e Deveres, enfocar as áreas curriculares, mas dando a
elas, além da abordagem acadêmica, um teor social mais abrangente, que tenha a
ver com a cidadania. Isso está no bojo da inclusão", afirma a pedagoga
Maria Teresa Égler Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas
em Ensino e Diversidade da Faculdade de Educação da Unicamp. "Perde-se
muito tempo na escola ensinando coisas que não contribuem para que a sociedade
evolua," diz.
O envolvimento de outras áreas do poder
público é fundamental para a implementação da educação especial em todas as
escolas da rede. Graças a um convênio da Fundação Santo André com o Centro de
Atenção ao Desenvolvimento Educacional (Cade), as salas de recursos
multifuncionais das unidades escolares de Santo André contam com a presença de
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.
"Esses profissionais não atuam diariamente, mas fazem uma composição com o
professor de AEE no atendimento aos alunos", diz a gerente de educação
especial, Fabiana Morgado Gomes. "Temos muito claro qual é o papel da
escola na própria escola, não trazemos a saúde para ocupar esse espaço."
"Cabe à professora da turma a
responsabilidade pela aprendizagem, até quando tem professor de apoio
especializado. Ele não substitui a responsabilidade do professor regente em
trabalhar com a aprendizagem", diz Ielva Maria Costa de Lima Ribeiro,
superintendente de Programas e Projetos da Secretaria Municipal de Educação de
São Gonçalo (RJ). "O professor de apoio vai adaptar um recurso para que a
criança com deficiência tenha acesso ao currículo, vai fazer o trabalho de orientação
de mobilidade, ajudar essa criança a ir ao banheiro, auxiliar na higiene. O
professor da turma é responsável por trabalhar com o desenvolvimento
intelectual das crianças, uma abordagem pedagógica que garanta a todos esse
desenvolvimento. Senão, cria exclusão na própria sala."
0 Deixe aqui seu comentário:
Postar um comentário