Diariamente sou incentivada a escrever. Confesso: sou preguiçosa. Ontem fui dormir comprometida a fazê-lo. Mas o quê? Não sabia sobre o que falar. Sonhei então, com uma situação inusitada. Estava rodeada de pais e alunos e comecei a falar sobre a importância dos filhos na nossa vida. Sobre o quanto devemos aproveitar cada segundo da companhia deles, já que o tempo é implacável e passa voando...Falei sobre a diferença entre qualidade e quantidade , de não haver sentido em estarmos na presença deles sem estarmos verdadeiramente presentes, preocupados com afazeres rotineiros , domésticos e assim por diante.Talvez porque sempre tenha trabalhado o dia inteiro quando meus filhos eram pequenos e isso me perturbava bastante, deixando-me constantemente com sensação de culpa quando algo de ruim lhes acontecia como quedas, doenças, etc. Acho que isso muita gente (principalmente mãe), já deve ter sentido... Certa ocasião (lembrei disso no sonho), ainda trabalhava no Colégio Pequenópolis, soubemos de um aluno que esperava a mãe na saída das aulas, no lugar de sempre, na frente do seu colégio Meninópolis, na Av. Morumbi. Houve uma batida na rua em frente e um carro derrubou um poste que caiu exatamente no garoto. Ele morreu no mesmo instante, levando consigo seus sonhos de um adolescente com apenas dezesseis anos de idade. Ficamos todos consternados. Chocou-nos especialmente como pais e funcionários de escola, acostumados a lidar com jovens diariamente, o que faz com que eles passem a fazer parte da nossa vida. Pensei principalmente na mãe daquele jovem...Como teria sido aquela manhã? Será que tinha brigado com ele por estar atrasado ? Será que tinha se despedido carinhosamente dele? Será que ele sabia o quanto ela o amava? Bobagens que passaram na minha cabeça...Desespero no coração só de pensar que aquilo poderia acontecer conosco... Será que se soubessemos do pouco tempo que teríamos com os nossos filhos, seríamos tão exigentes com meias espalhadas, cuecas jogadas, desordens no quarto, calcinhas penduradas no boxe? Ou investiríamos bem mais naquele bolo que os filhos gostam? No abraço apertado antes deles sairem para a escola, para uma "balada"? O beijo na testa quando se sentem tristes ou doentes? Não. Não se trata de ser pessimista, mas sim de não perder a oportunidade de demonstrar o quanto eles são importantes, do quanto os amamos incondicionalmente. E isso também não quer dizer que devamos alimentar suas carências e dependências, mimando-os e deixando fazer tudo o que querem e errando sem punição...Há como ensinar amando. Podemos errar....somos falíveis...humanos...e mães inseguras com tanta modernidade a nossa volta e principalmente, com medo de perdê-los.
Acordei com o coração aos pulos e achei que esse pudesse ser um bom tema para reflexão.
Fica portanto, a minha dica de hoje:

ABRACE SEU FILHO E DIGA O QUANTO ELE É IMPORTANTE PRÁ VOCÊ!

Beijos,
Prô Kátia

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