Sempre vi a educação como algo mutante, dinâmico, crescente. Com esse pensamento fui alvo de críticas, por querer trazer mudanças ao que há muito tempo já vinha sendo feito.
Talvez porque, apesar da intensa adrenalina, aprecio desafios, novidades, ares novos. Discuto modelos pré-existentes: o ser humano é complexo demais para ser analisado sob um único método padronizado. Parto dessa ideia quando analiso também a educação.
Como educadores, temos que ver à nossa frente, um ser pensante, influenciado pela cultura que traz do meio em que vive, com elementos psíquicos próprios e muitos outros detalhes que o diferenciam uns dos outros  numa classe, por exemplo. Dessa forma, há de se ter um olhar específico para cada aluno. Sem contar que cada um tem sua própria maneira de expressar-se a respeito de qualquer estímulo.
Mas como ter essa postura sensível e abrangente em nossa sociedade? Seu trabalho é exaustante, mal remunerado, não reconhecido pelos governantes, pelas famílias.....? Mesmo com toda essa problemática que envolve aspectos nada educacionais, o educador deve ser o gerenciador de mudanças e reafirmo que para que ocorram, é imprescindível uma postura desafiadora, interessada, questionadora, aberta à aprendizagens!
Temos que observar o que gera progresso no processo educacional. Analisar currículos, programas, métodos de avaliação... Temos que, para isso, trazer o aluno para mais perto de nós, conhecê-lo melhor para propor um aprendizado eficaz e efetivo. Podemos errar, mas temos que tentar.
Avaliações, provas... O que estamos medindo? Um exame é capaz de registrar exatamente o que o aluno sabe?
Com minhas turmas, em qualquer série em que atuei, costumava fazer anotações de cada progresso individual; a participação oral durante apresentação de trabalhos, envolvimento em pesquisas, respostas espontâneas, argumentação frente às mais diversas situações, trabalhos em grupos ...enfim, diariamente tinha o perfil do aluno e essas anotações , junto com o que chamava de exercícios com nota (provas para outros), davam-me critérios para avaliar os alunos.
Outra questão que levanto, é sobre o que fazer para que os alunos atinjam as metas curriculares. Como motivá-lo?
Onde trabalhei com currículos adaptados, tínhamos propostas individuais de acordo com as necessidades. Os alunos ficavam após as aulas normais . Mesclávamos aprendizado com as matérias específicas e atividades lúdicas pertinentes ao que se estava trabalhando. Esse trabalho proporcionava ótimos resultados.
Finalizando, não basta preocuparmo-nos apenas com a programação curricular. Educar é um processo amplo, dinâmico, integrado...Temos que estar dispostos a recomeçar sempre e ter a humildade de nos posicionarmos como mediadores entre alunos e aprendizado, procurando adequar-nos ao processo individual de cada educando.

http://elosdosaber.blogspot.com

9 Deixe aqui seu comentário:

Psiquismo Desmistificado disse...

Querida Katia,
Excelentes reflexões neste texto.
Concordo com você. A flexibilização sempre proporcionará respostas mais adequadas, respeitando a individualidade.
Um grande abraço
PD

Kátia Kappel disse...

Muito obrigada por comentar.
Fico feliz que tenha gostado !

Luís Eduardo Pirollo disse...

Boa noite, minha querida amiga Ká!!!
Realmente minha amiga, tudo nessa vida tem que evoluir e crescer e para isso necessita de adaptações, mudanças e adequações... e no caso da educação não poderia ser diferente. Parabéns pelo excelente texto, concordo com suas ideias, adorei minha amiga!!!
Tenha uma noite maravilhosa e abençoada!!!
Beijos com carinho e muita paz!!!

Kátia Kappel disse...

Amigo,
Obrigada por comentar.
Fico feliz que compactue com minhas ideias.
Acredito nas mudanças como busca de melhorias e progresso!
Tenha também você uma noite abençoada.

Anônimo disse...

Oi Katia

Comentei em um outro post (que questionava o processo educacional)e aproveito para deixar aqui também, as minhas reflexões sobre o assunto.

Muitas escolas (principalmente as particulares)não permitem o contato do aluno com a arte transformadora.

Despejam no aluno, as histórias que consideram "seguras" como a Cinderela, a Branca de Neve e etc, que cumprem algum tipo de "missão" (questionável) e só.

Podemos chamar de censura talvez!?

Onde fica o estímulo para que o aluno tenha outras opções e possa desenvolver o seu senso crítico?

Deturpam a arte, com uma falta de visão enorme, e afastam totalmente o aluno, do que poderia ser algo transcendente e empolgante.

Abraços
Balaio Variado

Almir Albuquerque disse...

Olá,

É preciso realmente valorizar a educação no nosso país, mantê-lo alinhado com as novas perspectivas internacionais. Mas nosso desafio é imenso, e não acredito que haja solução a curto prazo. É preciso uma política pública e estratégica em que os sucessivos governos possam dar continuidade, e não destruí-los por rivalidades, como no caso dos CIEP's do Rio de Janeiro nos anos 80 e 90.

Eu gostei do seu método de avaliação, em que a participação também conta. É o que eu faço também com minhas turmas de História.

Grande abraço,
Almir Ferreira
Rama na Vimana

Luiz Scalercio disse...

É preciso realmente valorizar a educação no nosso país.
só que precisa melhorar os salários dos professores também.
um abraço.

Felicidade Incondicional disse...

Olá, Kátia!
Muito bom o seu texto. Concordo com você quando diz que precisamos rever alguns conceitos. É claro que deve haver mudanças na educação! O mundo mudou, hoje temos informações pra tudo quanto é lado e a escola precisa se adaptar às novas realidades. Gosto muito de um termo que o Augusto Cury utiliza que é "educação da emoção" que se refere a essa atitude que você citou, de não nos preocuparmos somente com o currículo escolar.

Um beijo!
Mariana Motta.

Kátia Kappel disse...

Mariana!
Bom demais ler o que você escreveu.
Ainda citando Augusto Cury de quem já li algumas obras e admiro o trabalho e as mensagens que nos levam a muita reflexão!!!!!
Acredito na "emoção" como mola propulsora de todas as nossas atitudes. É ela que nos move e movimenta sem necessariamente ser a energia que estabelece definitivamente o que devemos ou não fazer.
Tenho certeza que você me entendeu...
Obrigada por sua valiosa contribuição!
Abraço.
Kátia