Diante de tanta notícia que nos deixa perplexos sobre educação, aqui posto uma reflexão que achei muito interessante para dividir com vocês. Vale a pena pensar no assunto!
Kátia
Existem muitos autores que são contrários ao afeto dentro da sala de aula, mas esquecem que estamos vivendo hoje uma realidade muito difícil para as crianças.

Antes o papel do professor resumia-se a transmissão do conhecimento é verdade, mas isso acontecia porque as crianças viviam em lares estruturados, mesmo que sem o amor que deveriam receber sabiam que aquele ambiente era um lugar seguro para eles. No entanto, o que acontece hoje? As crianças perderam o referencial que tinham antes (Pai e Mãe), a estrutura familiar foi modificada, não havendo mas um lar, mas um lugar onde podem ficar. Muitas vezes os pais nem vêem os filhos apesar de dividirem o mesmo teto. O afeto, o carinho, o diálogo está ausente neste relacionamento entre pais e filhos. Raros são hoje, os pais que conseguem apesar de toda correria de suas vidas dedicarem um tempo de amor e atenção para com seus filhos. Estes pais merecem os Parabéns por ainda conseguirem desempenhar bem o seu papel.
Mas sabemos que esta não é a realidade da grande maioria das crianças e adolescentes de hoje que começam a fazer parte do mundo sem terem a base inicial que deveriam ter adquirido em casa, com seus genitores.
Refiro-me à base moral, de respeito aos limites para que não saiam por aí caindo nas ciladas da vida e atropelando aos que entram em seu caminho. É duro pensar nessa situação, mas esta é a realidade que vivemos no momento. Pais que não conseguem fazer seu papel compram seus filhos com o que a mídia determina ser bom. Tornam os filhos consumistas sem limite de tudo sem avaliarem o que estão disponibilizando para eles.
Basta observar os desenhos infantis de hoje, os heróis que as crianças admiram e vivem consumindo produtos que tem esses personagens. Os pais não percebem que nas pequenas atitudes estão contribuindo para formação da personalidade de seus filhos e não são produtos que substituirão o carinho e a atenção que a criança precisa. Nós educadores, nunca substituiremos os pais e nem devemos assumir o papel deles. Mas cabe a nós contribuímos de maneira adequada, com a parcela que nos cabe, na formação da personalidade desta criança, lembrando sempre que eles aprendem pelo exemplo e não pelo que falam para fazerem. Dessa forma, agindo com atenção e carinho, começarão a observar mais as nossas atitudes e quem sabe procurarão seguir um caminho mais digno e certo em suas vidas.
Maria Figueiredo

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Nestor - Segurança do Trabalho nwn disse...

Kátia
vejo essa situação da mesma forma que você. Tempos atrás até escreví uma mensagem que ia enviar a todos os meus contados de Email, chamando atenção para esse inversão de responsabilidade que os pais passivamente estão deixando que ocorram hoje em dia, por pensar que iam se chatear comigo acabei não enviando a mensagem, e depois a perdi... Os pais tem que vestir a camisa dos filhos, educação tem que ser dada em casa, não podemos delegar isso as babás, professores, pastores, tias, ou seja lá quem for. Educação é uma responsabilidade intransferível, só diz respeito aos pais. Como pode alguém deixar a educação dos filhos a outros... Francamente isso não é certo!!!
Abraços!